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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

OS SANTOS E A SANTIDADE - DLP-2

S. FRANCISCO DE SALES é como a chave de ouro com que encerra esta galeria de santos, uns contemporâneos de Lutero e outros posteriores de poucos anos. Nasceu em 1567, no castelo de Sales (Genebra). Ordenado sacerdote começou o seu ministério em Chablais, onde converteu 70.000 hereges.

Eleito coadjutor do bispo de Genebra, sucedeu ao bispo falecido, e durante 20 anos foi um modelo perfeito de todas as virtudes, sobretudo de mansidão, de uma bondade sem limites.

Morreu em 1622, deixando-nos muitas obras espirituais incomparáveis, que o fizeram Doutor da Igreja.






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O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO


CAPÍTULO XIII



OS SANTOS E A SANTIDADE

Há na Igreja Católica um fenômeno que não se estuda nem se penetra bastante, e que é, entretanto, a grande, a irrefutável e palpável prova de sua DIVINDADE: SÃO OS SANTOS.

Exclusivamente o Catolicismo, entre todos os grupo religiosos, possui SANTOS.

Que é um santo?

É uma pessoa que, durante a vida, chegou a praticar heroicamente todas as virtudes, e depois da morte manifesta esta heroicidade, fazendo milagres em favor dos seus irmãos na terra.

Demonstrando a sua ignorância, os protestantes acusam a Igreja Católica de FAZER santos.

A Igreja não faz santos


declara, apenas, que tal homem, operando milagres, mostra ser santo; e, depois de examinar e verificar tais fatos miraculosos e extraordinários, ela CANONIZA o santo, inscrevendo-o no cânon ou lista dos seus heróis vitoriosos.. . . Só Deus pode fazer milagres e comunicar este poder a seus amigos.

Quando um homem realiza milagres atesta ser amigo de Deus; e Deus, dando tal poder a um homem, aprova-lhe a doutrina e a vida, de modo que o milagre provém da divindade e torna digno de crédito quem o executa.

Não há no protestantismo um só homem, nem mesmo Lutero, o seu fundador, que tenha feito milagres. A Igreja Católica, pelo contrário, conta aos milhares os seus santos. É a prova irrefutável e visível de seu caráter divino.

Ninguém dá o que não tem.

Se a Igreja Católica produz santos, é porque tem consigo a santidade, é porque é santa.

Se o protestantismo não produziu um único santo, desde Lutero até hoje, é porque não possui santidade.

SANTIDADE e DIVINDADE são dois termos que se confundem.

O DIVINO manifesta-se pelo milagre e prova-se pela santidade.

O Concílio de Trento foi a promulgação da santidade da Igreja, contra a implacável guerra de infâmias, acusações movidas pelo “reformador”. Veremos agora como esta santidade, tal um fagulha divina, foi penetrando e iluminando o mundo.

Este fato constitui uma das páginas mais fulgurantes da invencível instituição de Cristo.

É este fato que vamos averiguar neste capítulo.

1. OS PAPAS
A primeira irradiação das santidade da Igreja é o papado, que tem sido demais combatido e caluniado pelos inimigo da Igreja.

Lutero o sabia por demais, e, em conseqüência, acumulou contra a Santa Sé e os seus ocupantes, os Pontífices Romanos, todos os trovões e os relâmpagos de sua raiva e de suas falsidades.

O certo é que, no tempo da reforma, houve uma sucessão admirável de Papas ilustres e santos.

Leão X, da ilustre família dos Médicis, amante da paz e das ciências, logo ao aparecer o protestantismo, descobriu-lhe o veneno e a perversidade e lançou contra o seu fautor os primeiros anátemas.





Ordem: 218º papa

Inicio do Pontificado:9 de Março de 1513

Fim do Pontificado: 1 de Dezembro de 1521
Predecessor: Júlio II
Sucessor: Adriano VI

Data de Nascimento: 11 de Dezembro de 1478
Local de Nascimento: Florença
Data de Falecimento: 1 de Dezembro de 1522
Local de Falecimento: Roma

Nome de batismo: Giovanni di Lorenzo de'Medici
Ordenado Padre: ?
Sagrado Bispo: 17 de Março de 1513

Cardeal In Pecture: 9 de Março de 1489
Revelado Cardeal: 26 de Março de 1492









Adriano VI (1522-1523), piedoso e ativo ao mesmo tempo, dedicou-se de corpo e alma à extinção da nova heresia, à derrota dos turcos e à reforma dos abusos que penetravam na Igreja.



Clemente VII sacrificou-se em prol da cristandade do novo mundo.


Paulo III (1534-1549) Em meio de mil dificuldasde teve a honra de abrir o Concílio de Trento.

Júlio III (1549-1555) prosseguiu com todo zelo a condenação da heresia.

Paulo IV (1555-1559), eleito aos oitenta anos, mostrou um ardor e atividade incansáveis, abrangendo todas as necessidade da Igreja.

Pio IV (1559-1566) continuou e terminou o Concílio de Trento, aprovou seus decretos e promoveu-lhe corajosamente a execução, coadjuvado poderosamente pelo seu sobrinho São Carlos Borromeu, arcebispo de Milão.


S. Pio V (1566-1572) mandou publicar o Catecismo do Concílio de Trento, reformou o Missal e o Breviário; milagrosamente foi informado por Deus sobre a vitória de Lepanto.




SÃO PIO V (1566 - 1572) - CONFESSOR - 5 DE MAIO Num excelente conclave 53 cardeais elegeram o piedoso dominicano Miguel Ghislieri, nascido aos 17-1-1504 em Boscomarengo (Alexandria). Chamou Pio V, em sinal de respeito ao seu antecessor, do qual divergira outrora em sua habitual franqueza. Fôra Geral da Inquisição, bispo de Sutri e Nepi, e cardeal sob Paulo IV. Abraçando o são princípio de que o Concílio de Trento devia reformar a Igreja "na cabeça e nos membros", levou vida rígida e santa. Dormia sobre pobres palhas, jejuava freqüentemente; afastou de Roma, sob pena de morte, um seu sobrinho relapso.





Gregório XIII (ar72-5385) reformou a Calendário e dirigiu os destinos da Igreja como um santo e um sábio que era.



Sixto V (112585-590) FOI UM Pontífice admirado por sua ciência e santidade; ordenou a revisão dos livros santos e deu aprovação à nova edição da VULGATA.

Clemente VIII 1592-1605) terminou o século, emprestando ao jubileu secular de 1600 um brilho denotador da pujança da Igreja, resplandecente de vida e santidade. Todos estes insignes Pontífices acuparam a cátedra de Pedro no tempo do infausto reformador. Não podia haver sucessão mais refulgente e, por isso, foi tão atacada.

2. AS ORDENS RELIGIOSAS

Enquanto à frente dos destinos da Igreja a divina Providência colocava Pontífices de alto saber e de profunda virtude, suscitava no seio da imortal instituição um verdadeiro exército de ordens e congregações religiosas, destinadas a combater os hereges, restabelecendo a verdade no mundo inteiro, reformando as diversas categorias da sociedade combalida.

No intuito de restituir ao clero a sua primitiva pureza, a Igreja estabeleceu diversas congregações de clérigos regulares, cujo fim particular, pelo amor ao estudo e à regularidade, era combater as más doutrinas e instruir os povos.

Entre estes institutos sobressaem com particular brilho:

Os TEATINOS, ou clérigos de São Caetano, fundados por São Caetano de Thiene e o bispo Pedro Caraffa, em 1524, sujeitos à mais extrema pobreza.

Os CAPUCHINHOS, REFORMA DOS FRANCISCANOS, POR Meteus Bassi, em 1528, dedicados ao mais exato cumprimento de sua regra. Tomaram o seu nome do capuz usado por eles; têm barba comprida e chegaram a ser independentes em 1619.

Os BARNABITAS, fundados em Milão, por Santo Antônio Zacarias. O seu nome lhes veio do mosteiro de S. Barnabé, cedido aos primeiros religiosos. Paulo III, intitulou-os: clérigos de S. Paulo.

Os ORATORIANOS, ou Congregação do Oratório. Foi fundada em Roma, por S. Felipe Nery, e confirmada em 1574.

Os OBLATOS, congregação de clérigos seculares, vivendo em comum, fundada por São Carlos Borromeu, em 1578.

Os CLÉRIGOS REGULARES MENORES, fundados por S. Francisco de Caracciolo e João Adorno, em 1588.

Os JESUITAS, Ordem religiosa especialmente mandada por Deus para embargar a marcha do protestantismo e reprar os estragos ocasionados pela REFORMA. Teve por fundador Santo Inácio de Loyola, nascido na Espaanha em 1495. Paulo III, em 1540, abençoou a aprovou as Constituições da COMPANHIA DE JESUS, solenemente reconhecidas mais tarde, no Concílio de Trento (Sessão XXV. e. 16).




(OBSERVAÇÃO: Não deixe de ler maiores detalhes sobre Santo Inácio de Loyola. Clique: INÁCIO DE LOYOLA )






Sua missão particular é combater o erro, por meio de vasta e profunda erudição. A obra da instrução e educação da mocidade é um dos seus fins principais, com a propagação da verdadeira fé nos países católicos, protestantes e infiéis.


Até hoje a Companhia de Jesus tem sido sempre a auxiliar mais poderosa e dedicada da Igreja Católica.


A estes Institutos vêm juntar-se outras congregação de menos importância sem dúvida, mas igualmente benfazejas. Citemos entre outras:

A CONGREGAÇÃO DE SOMASCA, estabelecida em 1528, por S. Jerônimo Emiliano, para a educação dos órfãos.

As URSULINAS, fundadas por Santa Ana de Bréscia, em 2537, para a educação das meninas.

Os IRMÃOS HOSPITALARES, fundados por S. João de Deus, em 1549, tendo por fim aliviar e curar a mais terrível das moléstias humanas: a loucura.

Os PADRES MINISTROS DOS ENFERMOS, fundados por S. Camilo de Lelis, em 1584, cujo empenho é ficar à cabeceira dos doentes mais desvalidos, nas épocas de desgraças e de pestes, sacrificando-se até à morte.

Os PADRES DA DOUTRINA CRISTÃ, fundados pelo venerável cônego César de Bus, em 1592, consagrados à instrução religiosa da mocidade.

Este surto de Institutos religiosos no meio das lutas do protestantismo demonstra o vigor do espírito cristão e da fé, revalizando na pessoa de seus membros, na tarefa de destruir o erro e tornar vitoriosa a verdade no meios cultos e obscuros.


3. OS SANTOS DESSA ÉPOCA

Os santos são o produto direto da santidade da Igreja. Todas as épocas apresentam os seus santos, porque, mesmo nos tempos de decadência geral, quer Deus mostrar que se a humanidade decai, enfraquece, a sua Igreja continua sempre santa e santificadora.

Fato curioso na história: MAIS É COMBATIDA A IGREJA, MAIOR NÚMERO DE SANTOS BROTA DE SEU SEIO DIVINO. É assim que vemos uma legião admirável de homens apostólicos e verdadeiros heróis nos barulhentos dias ao aparecer da famigerada Reforma, cujos fautores, ao lado dos nossos santos, não passavam de triviais impostores a serviço de satã.

Ao lado de Santo Inácio e outros já mencionados, vemos surgir São Francisco Xavier, S. Carlos borromeu, S. Francisco de Sales, Santa Teresa, S. Francisco de Bórgia, o Papa S. Pio V, S. Tomás de Vilanova, S. Pedro de Alcântara, S. Estanislau Koska, S. Luis Gonzaga, S. João das Cruz, Bartolomeu dos Mártires, S. Belarmino, etc.

S. Inácio de Loyola, nascido na Biscaia (Espanha), em 1495, tocado pela graça, deixou a carreira das armas, consagrou-se a Deus pelo voto de castidade perpétua, retirou-se à pequena cidade de Manresa e ali se entregou ao exercício da mais austera penitência.

É ali que compôs o admirável livro dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS que, no dizer de São Francisco de Sales, salvou tantas almas quantas letras encerra.

Como peregrino, dirigiu-se depois aos lugares santos, acabando os seus estudos em Paris, onde converteu S. Francisco Xavier, e com mais quatro companheiros deu princípio à Companhia de Jesus.

S. FRANCISCO, nascido no castelo de Xavier, em Navarra, em 1506 e convertido em Paris por S.Inácio foi destinado às missões das Índias Orientais, pregou o Evangelho, estabeleceu a fé em 52 reinos e batizou com suas próprias mãos mais de um milhão e cem mil idólatras.

Após uma vida repleta de milagres, mesmo de multíplices ressurreições de mortos, faleceu no meio das suas missões e dois séculos depois o seu corpo foi encontrado em perfeito estado de conservação.

S. FRANCISCO DE BÓRGIA veio à luz no reino de Valença (Espanha), em 1510, de uma família ilustre. Casado e já santo no matrimônio, deixou o mundo depois da morte de sua mulher e entrou na Companhia de Jesus, de que foi o terceiro superior geral. Após relevantes serviços à Igreja e à sua Ordem morreu em Roma no ano de 1572.

S. CARLOS BORROMEU nasceu na Lombardia, em 1538. Foi cardeal e arcebispo de Milão desde a idade de 23 anos. Era sobrinho do Papa IV que o encarregou juntamente com outros sacerdotes e religiosos ilustres da composição do catecismo do Concílio de Trento, publicado depois pelo papa Pio V.

Foi um verdadeiro apóstolo e restaurador da disciplina eclesiástica na Itália. Morreu em 1584, deixando obras de subido valor dogmático e moral.

S. PIO V, PAPA, era religioso dominicano. Consagrou-se inteiramente ao serviço da Igreja, desenvolvendo em zelo admirável, revelando uma firmeza sem vacilação contra as seitas protestantes. Foi um modelo de mortificação e heróicas virtudes.

Por ocasião da invasão dos muçulmanos, na ilha de Chipre, o Papa usou de seu poder para reunir um exército formidável, mandado por D. João de Áustria, entregando-lhe o estandarte e prometendo-lhe a vitória pela proteção da Santíssima Virgem, o que se realizou na célebre batalha de LEPANTO, onde morreram 32.000 turcos, houve 3.500 prisioneiros e foram libertados 15.000 escravos cristãos. O Papa morreu neste mesmo ano.

S. TOMÁS DE VILANOVA era agostiniano. Foi nomeado bispo de Valença. Brilhou pelas suas virtudes, seus talentos e, mormente por sua caridade para com os pobres. Morreu em 1555.

S. PEDRO DE ALCÂNTARA, franciscano, fez-se particularmente admirar por suas penitências extraordinárias. Morreu em 1562. Temos dele 2 livros de valor: DA PAZ DA ALMA e DA ORAÇÃO MENTAL.

SANTO ESTANISLEU DE KOSTKA, filho de um senador polaco. Era estudante jesuíta, distinguiu-se desde os mais tenros anos por uma pureza Angélica e uma ardente devoção à Maria Santíssima. Morreu em 1568 com 18 anos de idade.

S. LUIS DE GONZAGA, da família dos príncipes de Mântua; entrou na Companhia de Jesus, onde se distinguiu pela prática de todas as virtudes, particularmente por sua modéstia e puereza angélicas. Morreu em 1591, aos 23 anos de idade.

O VENERÁVEL JOÃO D’ÁVILA, foi um homem poderoso em obras e em palavras, um prodígio de penitência, um gênio universal, uma glória do sacerdócio. Deixou vários tratados de piedade e morreu em 1569.

SANTA TERESA D’ÁVILA foi um verdadeiro prodígio de amor. Com 21 anos de idade entrou no Carmelo e nele viveu quase meio século. Reformou as Carmelitas e, auxiliada por S. João da Cruz, reformou também os Carmelitas.

A santa fundou 30 mosteiros reformados: 16 de religiosas e 14 de religiosos. Compôs obras de alta espiritualidade. O povo chamava-a: Doutora da Igreja. Morreu em 1581, no convento de Ubédia.

S. JOÃO DA CRUZ foi a primeira flor do Carmelo reformado. Homem de extraordinária penitência, foi também um místico de Jesus crucificado. Temos dele obras de alto valor de misticismo como “A Subido do Carmelo”. Morreu em 1501.

LUIS DE LGRANADA, dominicano, nesta mesma época ilustrava sua Ordem. Era homem de oração contínua, deixando-nos diversos livros de piedade até hoje estimados.

O VENERÁVEL BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES, igualmente dominicano. Foi arcebispo de Braga e um luzeiro do Concílio de Trento. Demitiu-se do arcebispado e morreu em sua cela de religioso, em 1590.
S. FRANCISCO DE SALES é como a chave de ouro com que encerra esta galeria de santos, uns contemporâneos de Lutero e outros posteriores de poucos anos. Nasceu em 1567, no castelo de Sales (Genebra). Ordenado sacerdote começou o seu ministério em Chablais, onde converteu 70.000 hereges.

Eleito coadjutor do bispo de Genebra, sucedeu ao bispo falecido, e durante 20 anos foi um modelo perfeito de todas as virtudes, sobretudo de mansidão, de uma bondade sem limites.

Morreu em 1622, deixando-nos muitas obras espirituais incomparáveis, que o fizeram Doutor da Igreja.

4. SÁBIOS DA ÉPOCA

Jamais será bastante salientado um fato providencial a demonstrar admiravelmente a providência de Deus, no governo de sua Igrejas: enquanto o inferno assesta todas as baterias de guerra para destruir a Igreja, Deus suscita uma plêiade de homens extraordinários, pelo virtude e pelo saber, para combaterem o erro e defenderem a Igreja.

Não se pode negar terem sido terríveis os golpes de Lutero.

Deus deixou fazer... deixou podar a árvore da Igreja, deixou a heresia como que capinar o jardim das doutrinas, para lançar os restos apodrecidos no “quintal” do protestantismo; em compensação, porém, suscitou ele jardineiros habilitados para replantar este jardim e reedificar os edifício espirituais ruídos ao fragor da batalha.

Ao lado dos santos já citados, encontramos uma legião de sábios a desenvolverem, no terreno científico, ação idêntica à dos santos, no terreno espiritual.

BÍBLIA POLIGLOTA COMPLUTENSE

Em primeiro lugar refulgem os exegetas que estudaram profundamente e revisaram a Bíblia inteiramente, compondo as edições poliglotas e enriquecendo os textos com notas elucidativas, ou comentários eruditos. Entre outros figuram aqui o CARDEAL XIMEMES, a quem devemos a Bíblia chamada de Alcalá

VATABLIS, por longos anos professor de hebraico no Colégio de França.

CARDEAL BELARMINO, jesuíta, autor de sábios escritos teológicos.

Há ainda TIRINO, MENÓQUIO, MALDONADO, ÊSTICO, CORNÉLIO e LÁPIDE, cujos importantes trabalhos científicos bastariam para imortalizar um século.

A heresia luterana e comparsas, assim como a declaração nítida da Igreja Católica, no Concílio de Trento levaram os teólogos a fazer estudos mais apurados e profundos, entre os quais estão sábios tratados dos jesuítas LLÉSSIO e MOLINA, sobre a graça e o livro arbítrio e os trabalhos ainda mais ilustres de SUAREZ em que estão mitigadas as doutrinas de Santo Agostinho e da São Tomás.

As novas exigências da cotrovérsia católica promoveram pesquisas patrológicas e históricas. Daqui provieram as obras preciosas de MELCHIOR CANO, BELARMINO, PASSEVINO e as de BARÔNIO, publicadas com o título de "Anais Eclesiásticos" para rebater as falsificações e mentiras dos censuradores de Magdeburgo;as célibre controvérsias do Cardel DU PERRONEnfim temos cultores exímios da hagiografia ou descrição de vidas ilustres, como ROSSVEIDE, NA SUA "Vida dos Padres do Deserto", que serviu de guia ao imenso trabalho dos BOLANDISTAS.

As ciências homanas forasm cultivadas com não menos esmero e perspicácia, sob a proteção da Igreja Católica.

GALILEU, no fim do século XVI ensinava livremente em pisa, P´[adua e Florença, a teoria sobre a rotação da terra.

Se alguns teólogos romanos condenaram mais tarde o seu sistema astronômico, é porque quis intrometer nele a teologia, baseando-o na Escritura Sagrada.

Sob a égide dos Papas, VESALO inaugurava em Pávia a ciência da anatomia.

No mesmo tempo Calvino mandava queimar vivo MIGUEL SERVET, que acabava de descobrir a circulação pulmonar. Os protestantes perseguiram a TYCHO-BRAHE, coagindo-o a deixar o sistema de Copérnico. Os teólogos protestantes tubigenses condenaram KEPLER, por ter ensinado as novas leis do mundo planetário; os Papas, ao contrário, procuravam atraí-lo para a universidade de Bolonha

5. CONCLUSÃO

Tal é a obra civilizara, científica e salvadora do Catolicismo no século tão agitado de Lutero e de seus primeiros continuadores.

Ao se ler a história da reforma, qual ficou esboçada acima, parece-nos que a Igreja nada fez para opor-se à heresia nascente, deixando ao fogoso reformador plena liberdade de combater a Igreja e difundir o seus erros.

Isto não é verdade.

A Igreja quis reagir contra a avalanche de falsidades, mas, como vimos, o Papa não encontrou em parte alguma total apoio seguro, como se fazia necessário para impedir os progressos do mal.

Deus, porém, nunca abandona a sua Igreja. Ele mesmo, depois de ter deixado Lutero realizar a separação do JOIO DO TRIGO, se encarregou de combater o mal, e o fez sem reído, sem armas, sem castigos aparentes, mas com misericórdia e justiça.

Para grande males, grandes remédio. O mal era extenso e profundo no tempo do reformador; era quase geral a indiferença; pelo choque resultante da luta, os maus cairam e o bons se elevaram, guiadores pelos santos que Deus suscitava em toda parte.

Ainda uma vez a Igreja saiu do combate muito mais bela, gloriosa e triunfante do que antes, e o que não pudera fazer, no ambiente de decadância geral, fê-lo no meio da luta: sustentou o fervor e a generosidade das almas cristãs. Um cristão fervoroso é preferível a mil cristãos tíbios; a tempestade protestante sacudiu a imensa árvore da Igreja; fez cair no chão todo FRUTO APODRECIDO ou carcomido e salvou tudo o que havia de bom, nobre, puro e idealista: diminuiu o número, mas o valor aumentou.





CAPÍTULO XIV


OS SUCESSORES DE LUTERO


Já vimos pormenorizadamente a reforma de Lutero e a contra-reforma da Igreja Católica.

Esta ação simultânea, gigantesca, não podia limitar-se à época; devia influir nos séculos posteriores.

Como sinal distintivo desta luta, podemos dizer que é a realização da grande profecia proferida no berço da humanidade: porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua posteridade a posteridade dela. Ela pisar-te-á a cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar.

Até a época de Lutero tinha havido heresias, não há dúvida, porém heresias parciais, que foram se dissipando diante de um estudo mais apurado da verdade em discussão. A grande heresia, a heresia universal, que procura, sempre e em tudo, dizer o contrário da Igreja, é o protestantismo.

Os dois campos separaram-se, bem definidos.

E um lado Satanás com seus adeptos, em atitudes de protesto; de outro lado a Virgem Santíssima com o exército dos escolhidos.

A posteridade de Lutero continuou e continua; enquanto a posteridade da Igreja, da Virgem Santíssima continua, igualmente, esmagando a cabeça da serpente, representada eplo protestantes, assíduos em armar contínuos assaltos ao calcanhar dos católicos.

Terminou, sem dúvida, a luta religiosa, brutal, sanguinária, de Lutero, porém o seu ódio continua na ação de sua posteridade, incapaz de viver sem atacar a Igreja Católica.

S católico, opor sua vez, devem responder à objeções, repelir os ataques e restabelecer a verdade deturpada.

A luta continua e perdurará sempre, até a misericórdia divina abrir os olhos aos nossos irmãos dissidentes, faz-nos compreender o seu erro e a sua heresia.

No presente capítulo vamos seguir um instante o desenrolar do protestantismo, as mudanças, o seu esfacelamento em centenas de seitas diferentes (NE – isto em 1950; hoje são mais de 50.000; 33.800 reconhecidas pelos próprios protestantes segundo dados da Enciclopédia Cristã mundial, abril de 2001[protestante]).

Não é preciso seguir a origem de todas as seitas, pois só as principais são uma 888 (veja NE no parágrafo acima) sem falar das milhares de pequenas seitas secundárias.

Escolhamos entre elas as 4 seguintes, amostra e modelo das outras, e analisemo-las mais minuciosamente.

Os batistas, fundados em 1534 por Leyde.
Os presbiterianos, nascido em 1555, por obra de Knox.
Os quakers, fundados em 1650, por Fox.
Os metodistas, fundados em 1738, por Wesley.

OS BATISTAS

A seita batista das 888 e, talvez, a mais pretensiosa, rancorosa e fanática.

Estes sectários não querem ser netinhos de Lutero, e, para renegar a sua origem, fabricaram-se um genealogia que remontaria até S. João Batista.

É grotesco, mas o absurdo, na linguagem da reforma, se denomina ciência e progresso.

Com uma seriedade que faz rir, estes protestantes dizem ter a verdadeira Igreja fundada por Jesus Cristo sido infiel à sua missão, falsificado a doutrina de seu fundador, tornando-se modo, inapta para conduzir as almas ao céu; uma parte, entretanto, ficou fiel, separou-se do restante, e foi assim atravessando os séculos até chegar a nós, sob o título de “batistas”.




João de Leyde ou seja joão bockhold

Escalando, porém, todo o curso da sua história, chega-se a uma tristíssima figura de polígamo chamado JOÃO DE LEYDE, um doido, amancebado com 17 mulheres.


Este homem exaltado é o único e verdadeiro fundador desta seita.


S. João Batista figura no credo batista, como Pilatos figura no nosso; o nome do precursor é para eles um meio de se atribuírem uma origem remota e de esconder melhor a vida torpe e escandalosa de seu genuíno pai.







O princípio de discórdia foi o batismo das crianças.

Já no princípio da reforma Lutero condenava os chamados profetas de Zwickau, cujo chefe e fundador era o famoso TOMÁS MUNZER, como vimos, um dos participantes na revolta dos campônios, preso na batalha de Frakenhausen, e aí decapitado.


Os sectários de Münzer fizeram depois da cidade de MÜNSTER o centro de sua ação, e foram chamados de ANABATISTAS, um dos quais chamado JOÃO BOCKHOLD, mudou depois o seu nome em JOÃO DE LEYDE; este fanático revolucionou a cidade em 1534 e, na frente de um verdadeiro exército de exploradores, expulsou o bispo, - estabeleceu a comunidade de bens e a poligamia, entregando-se a mil extravagâncias de pseudo êxtases, de profecias e visões.








Em 1536 um pároco católico de WITTMARSUM, MENON SIMÃO, seduzido pela reforma, apostatou e abraçou as idéias de João de Leyde.
Menon quis suavizar um pouco a doutrina dos sanguinários ANABATISTAS; para distinguir a sua reforma das seitas congêneres, deu-lhe o nome de BATISTAS.
MENON morreu pobre, deixando na miséria a sua infeliz amásia com 10 filhos.
Os batistas estiveram, pois, a sua origem de João de Leyde e de Menon, sacerdote apóstata, de maus costumes, que os separou dos anabatistas.

A doutrina dos batistas reformados respirava ódio implacável ao poder civil.

Batizavam somente os adultos, com uma imersão completa, e estavam aferrados à teologia calvinista da predestinação, salvação e santificação do sábado em vez do domingo.

João Leyde, tendo chegado a dominar com seus adeptos a cidade de Münster, proclamou-se REI ABSOLUTO DE SIÃO, casou-se com 17 mulheres, deu o exemplo da mais hedionda orgia e mandou executar, sem julgamento, todos aqueles qu3e se opuseram à sua vontade.
A reação não se fazer. Os católicos, indignados contra o monstro, cercaram a cidade. Esta se encontrava sem víveres. O carrasco Leyde mandou retalhar os cadáveres dos mortos e distribuir as suas carnes para alimentar os vivos.

O cerco da cidade apertou-se cada vez mais, e, tendo sido tomada a praça, João de Leyde foi supliciado pela indignação popular.

Os anabatistas, repelidos em toda a parte pelos seus crimes de violência e imoralidades, foram se espalhando e enfraquecendo, dando origem a várias seitas novas.

Em 1.600 um anabatista fundou na Holanda a nova seita dos MERGULHADORES (DOMPELAARS).

Estes conservaram as mesmas idéias a respeito do batismo das ciranças e obrigaram os adultos a um segundo batismo pela imersão.

Da Holanda as idéias anabatistas passaram à Inglaterra, penetraram na seita dos puritanos, e formaram uma nova ramificação: OS CONGREGACIONALISTAS.

Nesta nova seita, cada grupo devia reger-se a si mesmo; só os anciãos tinham direito de ensinar e apenas os rebatizados podiam ser admitidos.

Entre estes houve nova subdivisão: uns admitiam o batismo por INFUSÃO e outros por IMERSÃO; os primeiros chamaram-se: os primeiros GENERAIS-BATISTAS; os segundos eram ANABATISTAS.

Em 1640, HENRY JESLEY, pastor puritano, mandou um delegado para a Holanda, para ali receber dos mergulhadores o batismo de imersão, e depois, implantar a mesma prática na Inglaterra, onde introduziram a nova seita dos BATISTAS, cujos adeptos foram os puritanos que se insurgiram contra as determinações reais em matéria religiosa.

A seita ficou sem importância até 1688, data em que começou a se expandir na América do Norte.

Os pastores batistas sujeitavam-se servilmente às comunidades cujos membros se consideravam SANTOS ELEITOS, não obstante se entregarem a todos os vícios e torpezas, porque não admitiam o sexto mandamento do Decálogo.

Atualmente os batistas estão classificados como socialistas e anarquistas; as outras seitas não reconhecem a liberdade de LIVRE ARBÍTRIO; os batistas ensinam a licença, isto é, o abuso da liberdade.

Para onde vai o bode com ele vai a catinga, diz o povo.

Os batistas vieram para o Brasil, fundaram colégios, revistas, etc. que trazem o mesmo cunho de SOCIALISMO (quem sabe?) senão o comunismo.

Entre as demais seitas distinguem-se pelo seu orgulho, sua pretensão desenfreada, seu ódio aos sacerdotes católicos, procurando por todos os meios atrair para as suas fileiras os pobres decaídos e indignos, que querem vender sua batina por uma costela de Adão.

É bem a catinga do bode!... Eles continuam a mostrar-se os descendente de um louco exaltado e de um padre apóstata e sacrílego.








A nova seita trilhou o caminho das outras: tempo de entusiasmo, perseguições das outras seitas, proteção de Lorde Oliver Cromwell, lutas intestinas na seita e divisões.

Em 1793, rebentou a primeira divisão, ocasionada por WILLIAM CAREY que de encontro às idéias batistas, aceitara uma missão entre o pagãos.

Outras divisões tiveram lugar por causa do batismo.

Uns rejeitaram completamente este sacramento intitulando-se IGREJAS ABERTAS\outros iam negando o caráter sacramental, considerando-o como simples cerimônia bíblica, sem força para dar a vida sobrenatural.

Um puritano inglês, Roger William, fez-se batista, veio para a América, onde fundou nova seita chamada: BATISTA DOS SEIS PRINCÍPIOS.

Houve, deste feito, em pouco tempo, os BATISTAS LIVRES, os BATISTAS REFORMADOS, os BATISTAS CAMBELISTAS, os BATISTAS CONGREGADOS, os BATISTAS DOS SEIS PRINCÍPIOS, os BATISTAS DO SÉTIMO DIA (ADVENTISTAS), os BATISTAS DE IGREJAS ABERTAS, os BATISTAS DA IGREJA DE DEUS, os BATISTAS CRISTIANOS, etc., etc.

Em julho de 1905 fundou-se a UNIÃO MUNDIAL BATISTA, para dar uma semelhança de aliança, o que é inteiramente impossível, visto não haver união na fé, sem sequer sobre a divindade. A interpretação individual da Sagrada Escritura não permite a concórdia, nem ao menos acerca de pontos essenciais da religião, pois: QUOD CAPITA, TOT SENSUS, quantas cabeças há tantas idéias haverá.

No Brasil a obra capital, fundamental, que concentra toda a atividade dos batistas é caluniar a Igreja Católica, ridicularizar o ensino desta Igreja e procurar aliciar padres vacilantes ou ciciados, por meio de empregos lucrativos e casamentos sacrílegos.

São sofistas, semeando o ódio nos corações dos ignorantes contra uma doutrina que eles mesmos ignoram e contra uma instituição que desconhecem por completo.

Pode-se dizer que é a seita mais baixa, mais fanática, mais hipécrita de todas as geradas epla reforma luterana.

E qual é o seu característico doutrinal?

“É a pretensa liberdade de não obrigar os adeptos a aceitarem um símbolo claro, preciso, e não conhecer em obrigações impostas pela fé”.

Para ser batista basta fazer-se rebatizar por meio de um banho público em qualquer riacho, ter ódio à Igreja Católica, a Maria Santíssima e ao Papa; com tal bagagem religiosa, qualquer idiota ou ignorante vira de repente batista fervoroso. Nascido na lama e da lama, a seita batista exerce um apostolado de lama. O ódio, a calúnia e o empenho diabólico de procurar fazer cair em suas armadilhas, pobres e infelizes sacerdotes já infiéis à virtude e a seu caráter, para depois se tornarem infiéis a Deus e à verdade, é o princípio da ação.

2. OS PRESBITERIANOS

John Knox
O fundador da seita dos presbiterianos e dos puritanos é JOÃO KNOX, uma das figuras mais repelentes da reforma.

Nasceu na Escócia em 1515. Foi ordenado padre parecendo oferecer garantias de perseverança, porém poucos anos depois mostrou o que era: escravo dos vícios e instintos revolucionários.

Aderiu logo às idéias protestantes, e, tendo sido denunciado ao seu bispo como herege, foi interrogado e repreendido, para que mudasse de idéias. Não querendo sujeitar-se e continuando a mesma vida, foi condenado como herege e degradado do sacerdócio.

O primeiro ato, que o tornou conhecido, foi a sua cumplicidade no assassínio do cardeal Beaton, arcebispo de Santo André.

Começou a pregar a reforma e ao mesmo tempo tornou-se INFAME, pelas torpezas praticadas com a mãe de sua amásia e com outras mulheres, donde resultou grande escândalo entre seus próprios sectários Hungen-rethes – Hist. Ec. T.V. p. 247).

Forçado a fugir por causa das suas infâmias e violências, refugiou-se em Genebra, ao lado de seu amigo Calvino; ali acabou de instruir-se no ódio à Igreja Católica e na prática de todas as devassidões.

E, 1555 voltou à Escócia, continuando as suas pregações e invectivas contra o Catolicismo.

Reclamava para si a tolerância, mas não a exercia para os outros, fazendo infligir os mais cruéis castigos aos que assistiam à Missa.

A sua violência exasperou a multidão. Esta quis prendê-lo. Foi novamente declarado herege e a sua efígie foi queimada em praça pública, em Edimburgo.

Fugiu outra vez para Genebra, ficando com Calvino até 1559.

Regressou então à Escócia pôs-se à frente de uma multidão de fanáticos e, nessa ocasião, praticou uma infinidade de roubos, incêndios e assassínios, além dos crimes infamantes de que já estava coberto.

Com efeito, por instigação de Knox, foram barbaramente assassinadas, depois de uma anistia, 78 pessoas da mais alta sociedade, como senadores e bispos.

Atiçou a revolta contra a rainha Maria Stuart, católica fervorosa, e implorou o auxílio da rainha Isabel, para firmar o triunfo do presbiterianismo.

Ele mesmo pediu a Cecil, ministro de ISABEL, “cortasse o mal pela raiz”, isto é, que mandasse assassinar Maria Stuart.

E, juntando blasfêmias aos outros crimes que praticara, pedia a Deus a sabedoria para aqueles a quem aconselhava assassinar a sua soberana.

A morte de Knox foi o que fora a sua vida: um modelo de hipocrisia infame.

Esse perseguidor e sacrílego, cúmplice de tantos morticínios, profanadora de Igrejas, causa da matança do povo, esse homem morreu proferindo uma mentira infame: “Deus sabe, diz, que jamais tive ódio às pessoas, mas sim aos seus pecados, e trabalhei para encaminhá-las a Jesus Cristo". Devia ter ajuntado: “assassinando-as”. 

Knox deu a seus adeptos o nome de PURITANOS que significa: santos eleitos.

Já naquele tempo dia um escritor protestantes: “tal título fazia rir até aos diabos do inferno”.

Os puritanos se separaram da igreja anglicana episcopal, rejeitando o episcopado, para se tornarem os “puros eleitos”.

De víbora só sai víbora.

Das víboras: Calvino e Knox proveio a víbora dos puritanos, seita que pretende reduzir a Igreja ao puro estado primitivo, dizendo-se “santos eleitos”, embora tenham saído uma fonte tão imunda como é o fundador Knox.


3. OS METODISTAS

Entre as diversas seitas protestantes a de origem menos desonesta é o metodismo; digo a origem, pois desde o tempo de seu fundador JOÃO WESLEY, a divisão e a corrupção entraram na seita e nela operaram os estragos que havia e ainda há nas outras.

Justiça seja feita ao fundador, a quem não se podem negar boas intenções, uma vida regrada, honesta, isenta de escândalos.

Comparando a vida de João Wesley com a de seus colegas reformadores, ele nos aparece quase como um santo no meio de uma corja de autênticos bandidos.

A seita metodista não correspondeu ao desinteresse e às boas intenções de seu fundador, e fica-lhe, como característico, a sua origem puramente humana, desprovida de autoridade para dirigir as almas e levá-las a Deus.

João Wesley nasceu em junho de 1703. era filho de uma pastor anglicano, homem de nos sentimentos, casado com uma mulher igualmente distinta e piedosa.

Fez os seus estudos e recebeu a ordenação sacerdotal na igreja anglicana, em 1728.

No ano seguinte, auxiliado por seu irmãos, Carlos, e por mais dois amigos: Morgan e Kirkman, fundou, em Oxford, um clube para iniciar uma vida mais religiosa.

Os membros de tal clube dedicavam-se à leitura das Bíblia, à visita dos pobres e enfermos e à instrução dos presos.

Pela regularidade dos sócios ao seu regulamento, os estudantes de Oxford chamaram-nos “metodistas”, enquanto os sócios se intitulavam um pouco pretensiosamente “clube dos santos”.

O número de sócios crescia dia por dia. Cehgou a contar homens de real valor tanto pela vida como pelos conhecimentos.

Até 1738 o clube progrediu, conservando um espírito religioso sincero e ativo, que se manifestava pelas obras de caridade e de dedicação; desde então data a sua decadência.







Um seita alemã, “os hernhutters”, juntou-se ao clube, trazendo idéias novas de uma religiosidade toda sentimental: convicção de estar em graça de Deus; convicção que, entrando na alma, lhes trazia uma paz celeste.

Compreende-se logo que tal doutrina falsa tenha enganado facilmente almas sonhadoras, inclinadas à nevrose e ao misticismo doentio.

Wesley abandonou deste modo a doutrina evangélica inspirada e aceitou idéias humanas de uma seita filha do luteranismo.

Continuou com seus companheiros, a pregar, com zelo e sem medo, nas igrejas anglicanas, até que, em princípios de 1739, a autoridade anglicana lhes interditasse o acesso a seus templos.

O reformador prosseguiu a sua evangelização nas ruas e nas praças públicas e a sua palavra ardente, fogosa, alcançou resultados admiráveis, mas de pouca duração. Em 1740 deu-se a primeira cisão da seita. O clube se separou dos “hernhutters”, dos quais havia recebido o princípio fundamental da sua vida interior.

O ano seguinte, nova divisão foi operada por um de seus mais ardorosos companheiros, Jorge Whitefield, que aceitou a doutrina calvinista da predestinação, doutrina que Wesley odiava como blasfematória.

Foi a origem da seita metodista-calvinista.







Diante do começo de esfacelamento da sua obra, Wesley imaginou um meio de organização mais rígida; dividiu a seita em sociedades; cada sociedade em classes; cada classe continha apenas 12 pessoas e um condutor.

Os Condutores de classes deviam, cada semana, dar informações a Wesley. Cada condutor tinha um adjunto que devia semanalmente conferenciar com todas as pessoas da sua classe, uma por uma, sobre s situação espiritual das suas almas.

Mais tarde Wesley completou a nova organização pelo instituição dos circuitos, reunindo várias sociedades num circuito, presidido por um superintendente.

Os superintendentes deviam reuni-se de 3 em 3 meses, numa espécia de concílio, para resolver, sem apelação, todas as dificuldades e responder a todas as questões.

Sem 1770, quarenta anos depois do nascimento da seita, o metodismo contava 50 circuitos, com 30.000 adeptos.

Como se vê, este homem, que parecia sincero, sentia a necessidade de uma autoridade suprema, infalível; e, negando esta prerrogativa ao Papa e aos concílios dos bispos, copiou a hierarquia da Igreja Católica, Atribuindo a infalibilidade a um grupo de homens, entre os quais ele mesmo era o Papa.

Temos, deste modo, Wesley na função e no lugar do Papa; superintendentes, em vez de cardeais; chefe de sociedade, em bez de bispos; condutores, em vez de párocos. Os nomes forma mudados; os ofícios e a hierarquia ficaram.

Infelizmente, apesar de tão boa e lógica organização, faltava à seita de Wesley o lado solbrenatural, a convicção da doutrina e a assistência da graça divina.

O reformador sentia a necessidade de uma autoridade infalível, mas não aceitando a estelecida por Jesus Cristo, foi obrigado a instituir uma autoridade puramento humana, como impossível, pois só Deus é infalível, e aquele a quem ele comunica este privilégio, como o fez a S. Pedro.





João Wesley era simples sacerdote anglicano, e, como tal, não podia transmitir o sacerdócio a seus pregadores. Pediu aos bispos anglicanos que dessem ordenação aos seus companheiros; encontrando, porém oposição da parte dos anglicanos, resolveu ele mesmo ordenar sacerdotes.

Foi uma nova causa de divergência. Seu irmão Carlos, o amigo mais dedicado, separou-se dele, não admitindo tal ordenação feita por simples sacerdote.

Este fato veio completar e salientar a origem puramente humana do metodismo.

O princípio fundamental da sua vida interior é o subjetivismo sentimental dos “hernhutters”;a autoridade doutrinária, moral e eclesiástica é a autoridade dos CHEFES DE CIRCUITOS; e o poder sacerdotal para a confecção da ceia é a própria autoridade de Wesley fazendo-se bispo.

O fundador do metodismo morreu em 1791.

Não se pode negar a João Wesley muita sinceridade, boa vontade, zelo e uma vida honesta, isenta desta libertinagens que distinguem a maior parte dos reformadores.

Nascido no anglicanismo, compreendeu ele os erros da seita e separou-se dela; procurou restabelecer ele mesmo a verdade, em vez de subir até o berço renegado pelo anglicanismo, e que a Igreja Católica lhe teria mostrado. Pode ter sido por ignorância no assunto proveniente da convicção exagerada de estar na verdade, e de a Igreja Católica, como tanto o repetia útero, ter-se afastado da doutrina de Jesus Cristo.

Há em tudo isto pontos escuros e bastantes interrogações, é certo, e, apesar da sua boa vontade e zelo, custa-nos acreditar que Wesley não tenha suspeitado, pelo menos, no meio das divagações das seitas religiosas, que a verdade, a única verdade, estava com o Papa de Roma e a Catolicidade.

Seja como for, o certo é que entre todos os reformadores Wesley é a figura menos antipática e menos extremista que a história nos apresenta, não obstante numerosos erros de prepotência e usurpações de poder, no quais caiu, até julgar-se um verdadeiro Papa.







Apesar da vida regular de seu fundador, o metodismo não escapou à putrefação que sempre ataca as seitas separadas de Roma.

Um escritor desta época já dizia, do tempo de Wesley:

“Cada metodista representa ou, para melhor dizer, contém em si um curso ambulantes, completo de imoralidade, como os batistas”.

Eis o que escreveu um zeloso partidário de Wesley:

“Semelhante ao fogo, diz Flechter, a imoralidade está fazendo pavoroso estrago em nossas fileiras. Entre nós há quem fale do divino Salvador, com um ar de compunção; entretanto, entrega-se ao mesmo tempo aos mais hediondos crimes... Em quase todas as nossas igrejas, a fraude, a injustiça, o perjúrio, o adultério, etc. caminha de cabeça erguida e reinam soberanamente. Vejo homens dizerem-se crentes e, ao mesmo tempo, entregarem-se à maiores torpezas da natureza corrompida; vejo pastores lastimarem-se do império conservado pela lei em suas consciências: ‘Nossos corações depravados, dizem eles, nos sugerem a fazer alguma coisa para a nossa salvação’ “.

“Em vez de refletirem e combaterem o vício, ao contrário, os pastores fazem dele a mais rasgada apologia, do alto da cadeira, e vão propinando o veneno da imoralidade, gota por gota, nos corações dos ouvintes”.

O Dr. Halle, luzeiro metodista, chegou a sustentar que o adultério, o infanticídio, etc. longe de enfraquecerem a graça, aumenta a santidade diante de Deus:

“Cometesse eu pecados mais graves que Manasses, diz ele, seria ainda um filho da graça. Tu te enchafurdas na lama do pecado; cometes incesto, adultério; tens as mãos tintas no sangue inocente, não importa, és bela, minha amada, minha esposa fiel és imaculada. É certo que o adultério, o incesto e o homicídio me tornam mais santo, mais aceito no céu” (Flechter: cheks to Antinam, vol. S2, pág. 200).

Wesley ensinou também que a justificação está na fé e não na prática das boas obras, de modo a adotar o mesmo princípio básico do luteranismo: Peca corajosamente e crê mais firmemente: - Pecca fortiteret crede fortius.

Tal máxima é a apologia mais completa dos maiores crimes, como do assassínio, do roubo, do adultério, do infanticídio, do incesto, da poligamia, enfim de todas as torpeza escandalosas de que os protestantes foram propagadores, como no-lo mostra a história imparcial.

Já durante a vida do fundador mostraram-se causas de separação futuras: o descontentamento de pregadores não eleitos como membros de conferência geral; a parte leiga querendo participar na administração da seita; o orgulho ferido de pregadores destituídos.

Em 1797 o pregador Kilham fundou uma nova seita: UNIÃO METODISTA NOVA.

Em 1810 fundou-se a seita: “União Metodista Primitiva”.

Em 1815 o pregador Bryan principiou a seita metodista dos CRISTÃO BÍBLICOS.

O ano de 18165 viu nascer a seita dos “metodistas WESLEYANOS ORIGINÁRIOS”, formada pelo pregar Averil.

O Ano de 1828 produziu duas novas seitas: a dos “Wesleyanos Independentes” e a dos “Metodistas Wesleyanos Protestantes”.

O pregador Warren fundou em 1829 uma outra seita: a “Associação Metodista Wesleyana”.

Em 1857, de uma só vez, se separaram da seita madre 19.000 adeptos e formaram juntos com os “Wesleyanos Protestantes! E a associação nascida em 1829; “Igrejas Livres Unidas ao Metodismo”.

No mesmo tempo outra parte abandonou az mãe para constituir a “União Wesleyana Reformada”.






A conferência geral lutou para salvar a situação, e, para não ver a debandada geral, institui em 1878 uma outra conferência, chamada representativa, cotando 480 membros: 140 clérigos e 240 leigos.

Tal mudança de regime e de autoridade salientou mais claramente a orig humana da sei e ausência do elemento divino.

Mas nem aquela medida da conferência geral, aceitando diretamente o elemento leigo no governo da igreja impediu a desmembração do metodismo.

Hoje em dia (1950) absolutamente separadas umas das outras, portanto não constituindo uma Igreja una, há a conferência CANADENSE, a AUSTRALIANA, a FRANCESA, duas na ÍNDIA OCIDENTAL e a SUL-AFRICANA... ... ... ...

A América do Norte, Tomás Coke, ordenado por João Wesley, ordenou, por sua vez, o pregador leigo Asbury. Os dois tomaram, por própria autoridade, o título de bispos e principiaram assim a Igreja Metodista EPISCOPALIANA, a seita preponderante na América e a mais agressiva.

A Igreja Metodista Episcopaliana, por sua vez, provou a sua fraqueza, dividindo-se em seitas independentes.

Só nos Estados Unidos há 16 igrejas metodistas saídas da seita episcopaliana: igreja protestante metodista, igreja original metodista, igreja congregacionalista metodista, igreja metodista livre, igreja congregacionalista nova, igreja independente, sete seitas independentes para negros (umas na América, outras na África), etc. s alemães têm na América: a igreja metodista “dos irmãos unidos em Cristo” e “da união evangélica” etc., etc.
Magnifíficaa resposta do metodismo à oração de Jesus na última ceia: “Ut unum sint sicut et tu, Pater, et ego unum sumus, unidade de natureza unidade de idéias, unidade de vontade, unidade de operação!
Desde 1881 se reuniu cada sete anos uma conferência geral de todas as seitas metodistas, para tentar uma aparência de união e uma semelhança de concordância na doutrina, o que jamais conseguiram.
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O fazendeiro Jacó Albrecht não concordando, na igreja metodista episcopaliana, com a eleição dos bispos para a vida toda, fundou em Pensilvânia a sua seita metodista, estipulando os bispos ficarem bispos durante 4 anos somente. Da Pensilvânia se ramificou na Alemanha; o total de adeptos nunca ultrapassou a 500 mil almas.
O metodismo original, de João Wesley, tem como idéias principais as seguintes: A Escritura Sagrada é a única fonte de doutrina. Sobre Deus e a Redenção por Jesus Cristo aceita a doutrina Católica. O pecado original é explicado francamente no sentido protestante. Negam a instituição do Papado por Cristo.
Dos sacramentos ficam dois: o batismo e a ceia. Mas o batismo é simplesmente uma cerimônia de entrada na seita e não dá o renascer como filho adotivo de Deus.
A justificação se opera pela fé e o Espírito Santo manifesta diretamente de maneira incontestável à alma justificada a sua aceitação como filho de Deus.

A comunhão o fiel bem disposto recebe espiritualmente o corpo e o sangue de Cristo.

As boas obras não têm merecimentos, mas são necessárias para a salvação.

A doutrina sobre a morte, o juízo, a ressurreição, o inferno e o céu,concorda com a doutrina católica.

4. OS QUAKERS OU TREMEDORES

Como a seita dos batistas, também a dos quakers nasceu da seita anglicana. O grande viveiro das seitas que surgiram nos últimos séculos.

O nome da seita “quakers” – quer dizer “tremedor”. Foi dado ao fundador da seita, o inglês George Fox, pelo juiz de Nottingham no ano de 1650, quando, tendo de julgar a Fox acusado de blasfêmia, este último interpelou o juiz, dizendo-lhe que honrava a Deus e tremia em sua presença.

GEORGE FOX, nascido em Drayton (Inglaterra) no ano de 1624, pertencia à igreja anglicana.

Já quando rapaz, em vez de brincar com seus camaradas, às mais das vezes ficava sozinho, lendo e meditando sua Bíblia.

Um dia, Fox, contando então 19 anos, escandalizou-se à vista da embriaguez de dois pastores anglicanos: retirou-se à sua casa, andou uma grande parte da noite no seu quarto, não conseguindo dormir, rprostrando-se à miúdo por terra para rezar. Na sua imaginação cansada o melancólico jovem ouviu uma voz que lhe dizia: “Vê como os homens se deixam arrastar pelas vaidades: afasta-te para longe deles e fica como estranho para eles”.

Fox abandonou tudo: casa, família, amigos e trabalho, viajou a pé desde 1643 até 1547 de lugar a lugar, cheio de dúvidas, martirizado por tentações de desespero, vituperado e desprezado pelo povo.

Naquele estado de alma julgou, em 1647, ouvir uma voz no seu interior dizendo-lhe: “Um só pode ajudar-te ainda: Jesus Cristo. O teu nome está escrito no livro da vida”. Sessegou-se-lhe a consciência e se esforçou para conhecer bem o Cristo.

Neste estado psicológico, que as quimeras melancólicas e a antropofobia de tantos anos tinham posto na alma de George Fox, não podia ser mais pelo ensino eclesiástico, pelas argumentações universitárias nem pela leitura da Bíblia, que teria ele o meio de encontrar a verdade.

Este era o princípio de Fox:

“O homem aprendeu a verdade somente pela voz divina, falando na alma humana”..
...



Fox logrou ganhar algumas pessoas para a sua ideologia e com elas fundou em 1649 a sua seita; chamou-a “Associação dos Amigos”.

Se medo, eles pregavam atacando os vícios do mundo. Muito tiveram de sofrer das autoridades anglicanas; pouco a pouco cresceu o seu número, e, em 1654, 60 missionários tremedores percorriam a Inglaterra.

Como Fox, negavam o direito da guerra e o serviço militar, ensinando toda briga vir da paixão má do coração; muitos dos seus adeptos entravam no serviço militar para semear as idéias do chefe entre os soldados e acabar com o exército.

Vários quakers, impelidos por seu espírito imaginário, praticavam atos que acabavam em escândalo e demência.

inanidade, ficando vários dias em espasmos mortais; outros, na igreja, despojavam-se dos vestidos do corpo, ficando nus para indicar o seu renascer no Espírito Santo; estes, para imitar os profetas, vestiam-se de peles de ovelhas e de outros animais; aqueles pregavam nas ruas contra as autoridade e insultavam nas igrejas os pregadores anglicanos, chamando-os animais, cães, hipócritas, servidores do anticristo, etc.

O quaker Perrot ousou ir a Roma, para converter o Papa.

O quaker Naylor se deixou honrar como o “mais belo dos filhos dos homens", “o rei da paz", “o rei eterno”; entrou festivamente em Bristol, enquanto as mulheres lançavam ramos e vestidos nas ruas, cantando: “Hosana àquele que vem em nome do Senhor”.






Só em 1660 é que elementos mais pacíficos começaram a dominar.

Foram compostos regulamentos da seita sobre as reuniões religiosas, o matrimônio, os cuidados a prestar aos pobres, etc. Somente nas questões de fé nada foi indicado como obrigatório; cada um devia experimentar a inspiração do Espírito Santo.

Contradição flagrante: “Desconfiar da condução pessoal do Espírito Santo na vida eclesiástica e moral e abandonar-se completamente à inspiração pessoal do mesmo Espírito na vida intelectual”. E a ausência absoluta do princípio filosófico: “as idéias governam o homem”.

Se o Espírito Santo inspira realmente as idéias da fé a cada um em particular, então estas idéias deveriam conduzir a pessoa na fé praticada, e não os regulamentos e estipulações vindos de fora.

No ano de 1673 principiaram as cisões.

O quaker Perrot se separou do chefe Fox e condenou o costume de ajoelhar-se e descobrir a caça durante as orações. Exigiu que se tirassem os sapatos e que se prostrasse a face por terra; não quis que obrigação alguma, de qualquer natureza, fosse imposta; ninguém devia fazer coisa alguma e até deveria deixar de assistir às reuniões religiosas, sem impulso pessoa do Espírito Santo.

O quaker Mucklow proibiu toda autoridade ou ministério na seita que ele formou, pois somente o Espírito Santo devia ser o Pastor, o Pregador e o Ancião. Deste modo, os princípios de Fox foram aplicados ao pé da letra.

Story e Wilkinson não chegaram a este extremo, mas formaram grupos com idéias contrárias a Fox.

A consolação de Fox, sempre perseguido e lançado várias vezes na prisão pelos anglicanos, foi William Penn, o mais famoso dos quakers, fundador da seita de Fox nos Estados Unidos, e Barclay, o teólogo da seita. Este deu um corpo de idéias e as explicou na sua apologia da fé dos quakers, trabalho que o mesmo Fox, por falta de instrução e formação intelectual não podia fazer.

Fox morreu em janeiro de 1691.

Depois da morte dos três chefes: Fox, com a sua vontade enérgica (1691), Barclay com sua ciência (1690) e Penn com seu idealismo (1718), a seita, pela sua doutrina de subjetivismo absoluto, contendo em si desde o princípio o germe da morte religiosa decaiu a pouco, mas definitivamente.

Primeiro acabaram-se as missões estrangeiras, fundadas por Fox.

Já desde 1720, aplicando a doutrina da luz interior desprezava-se a ciência e o preparo para os pregadores e foram admitidas, para pregar, pessoas sem instrução; imperceptivelmente abandonou-se todo cuidado interior das almas, e todo o interesse pelas questões eclesiásticas perdeu-se no povo quaker.

O deísmo nascente, rejeitando toda a revelação e aceitando só uma religião prática e natural, invadiu a seita, não obstante a excomunhão de Hannah Bernard que trabalhou muito para fazer entrar toda a seita no idealismo deístico.

Foi em 1822 que Elias Hiscks, pregador quaker, ocasionou a maior das separações. Rejeitou todos os dogmas que se relacionavam com o Cristo.

Para ele, e para a seita por ele formada, Jesus é somente um homem como nós pecável, apesar de não haver cometido pecado, e sua morte é sem valor para nós.

Contra Hicks e os seus que não annah Berard que trabalhou muito para fazer entrar toda a seita no idelism fizeram mais do que andar no princípio errôneo dos quakers, enunciado pelo mesmo fundador da seita, sobre a luz interior, para chegar à verdade, subjetivismo absurdo, antibíblico, houve em 1837 uma reação radical, contrário ao princípio de Fox. Tomavam “o nome de amigos evangélicos”. 

Puseram o Evangelho dependendo das luz interior pessoal.

Exemplo manifesto da origem e do espírito humano das seitas.

Idéias humanas contra idéias humanas; até os princípio teológicos dos fundadores se perdem e são rejeitados, não unicamente pelas seitas secundárias que se separaram das seita mãe, mas também pelo grupo mesmo que se diz a legítima igreja do fundador. Assim o protestantismo primitivo de Lutero, no calvinismo, na seita batista, assim nos quakers e em todos.

À medida que a seita dos quakers ia perdendo a fé, com maior zelo praticava obras de caridade exterior e de filantropia.

Era a atividade exterior que substituía a ausência da fé interior, para ser o vínculo da união entre os adeptos da seita.

O número dos quakers das diversas seitas é, mais ou menos, 140.000.

Os quakers rejeitam todos os sacramentos. Batismo, de que fala Jesus, é para ele a conversão interior pela luz divina; a comunhão nada mais é que a participação da alma no corpo espiritual do Cristo.

Desprezam também qualquer fórmula de oração e culto prescrito; cada um ora e louva a Deus como e quando a inspiração divina lho sugere.

mulher, sábio ou ignorante, tem de pregar e publicamente rezar nas reuniões, quando e da maneira que a luz interna inspira.

Barclay descreveu assim uma reunião de sua seita numa sala sem ornamentos somente há bancos, para que nada de exterior possa impedir as sensações religiosas; aí estão sentados os amigos da luz num silênio profundo.
Pode acontecer que durante uma hora não haja interrupção do silêncio, afora algum gemido ou suspiro de um ou mais dos assistentes, no qual o Espírito Santo opera, até que no fim um dos fiéis se sinta impelido a comunicar suas experiência interiores pregação ou reza.
Acontece também que a reunião se disperse, sem que ninguém se sinta impelido a falar. Muitas vezes manifesta o trabalho interior em soluções em tremor. “Em movimentos vivos de todo o corpo, até que a vitória pertença à luz e saia em torrentes luminosas e júbilo santo”.
Assim escreveu Barclay. Teólogo quaker.
E um participante confessou haver visto muitos dormirem nas reuniões e outros com uma cara em que se via indisfarçável fastio.

5. A FRAGMENTAÇÃO PROTESTANTE

Limitemos-nos à exposição mais desenvolvida destas 4 seitas, pois é impossível retraçar a origem de cada uma das 888 denominações diferentes que hoje o protestantismo nos apresenta.
Todas elas nasceram da corrupção, da ignorância ou da loucura.
Querer percorrê-las todas seria obra de muitos volumes, e não de um livro popular, que pretende apenas analisar a origem histórica e moral da seita em geral.
Tal árvore, tal fruto, disse o divino Mestre.
A árvore do protestantismo é a revolta e a libertinagem; esta árvore só pode produzir frutos de revolta e de devassidão.

De tal lamaçal, como é a vida de Lutero e de seus primeiros companheiros, só podem sair e só têm saído miasmas mortíferos, nauseabundos, que são as centenas de seitas, em luta umas contra as outras, a mostrarem a sua origem puramente humana e, o que é pior, o seu nascimento do vício.

A fragmentação em centenas de seitas é a prova mais palpável da falsidade do protestantismo.

A verdade é UMA SÓ; os erros pululam, justamente como a saúde é uma só, enquanto há centenas de moléstias.

Mal Lutero congregava na Alemanha um manípulo de sequazes sob a sua bandeira, e eis Zwinglio, na Suiça, a levantar outra seita; ao mesmo tempo Calvino, em França, recrutava nova seita, inimiga da Igreja verdadeira, e inimiga dos seus irmãos protestantes velhos.
A Inglaterra, por sua vez, julgou-se com direitos de inovação.

Henrique VIII, enforcando as suas esposas, para poder recomeçar a comédia, fundou o anglicanismo.

Luteranismo, calvinismo zwinglianismo e anglicanismo são quatro nomes, quatro partidos e quatro facções, quatro moléstias apoiadas todas sobre a Bíblia, cada qual pretendendo possuir o Evangelho puro; têm todas só um traço comum: o seu ódio à verdade católica, à única verdade ou à única saúde.

Daí por diante, cada século viu surgir dezenas e até centenas de novas facções, para a medicina vê surge em cada ano novas moléstias contra a única saúde.

Qualquer cabeça desequilibrada, fanática ou herética, que se sinta com coragem de exibir uma novidade, reúne adeptos, constrói um barracão e funda igrejolas.
Na Alemanha registraram-se, há poucos anos, 37 IGREJAS REGIONAIS, sem contar as IGREJAS LIVRES, que são centenas.
Na Inglaterra, contavam-se em 1900 perto de 300 seitas. Só na cidade de Londres há mais de 100.
Os Estados Unidos batem o recorde de excentricidade. Os relatórios oficiais indicam a cifra pasmosa de 288 seitas.
Os seus adeptos mudam de seitas, como se muda de loja: procuram aquela onde se vende mais barato.
Já quase ninguém pensa numa igreja verdadeira... pouco importa a verdade, trata-se de pertencer a qualquer seita, como se dá o nome a qualquer clube ou se filia a qualquer partido político.




Em nosso dias, já no século XXI as seitas passaram a ser fonte de lucros, fórmula mágica de se fazer MILIONÁRIO através da fé: Vejam "casebre" do fundador da IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, o Bispo Edir Macedo (Foto abaixo)


"Por avareza, procurarão, com discursos fingidos, fazer de vós OBJETO DE NEGÓCIOS; mas seu julgamento (*) há muito está em ação e a sua destruição não tarda" (II Pedro 2,3)





(*) - "De fato, infiltraram-se entre vós alguns homens já há muito marcados para esta sentença, uns ímpios, que convertem a graça do nossos Deus num pretexto para licenciosidade e negam Jesus Cristo, nosso único mestre e Senhor" (São Judas 1,4)






Cada seita é uma espécie de clube de futebol ou de touring-club.

Os americanos deixaram o título de igreja, para adotarem o nome de denominação evangélica.


Tudo entre eles é evangélico: Deus, diabo, São Miguel, Satanás, Caifás, Pilatos, Judas, Barrabás, Holofernes, etc. At´pe a Torre de Babel... tudo é título evangélico.


É uma verdadeira palhaçada de circo.


Praticamente é o ATEÍSMO escandaloso.


Entre as 888 seitas, qual é a verdadeira?


Nenhuma.


A Igreja verdadeira é aquela por todas estas contradita e combatida, a única que não muda, que não se divide, que não se fragmenta: a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.


É como se, ao ler uma lista de 888 moléstias, alguém perguntasse; qual delas é a saúde?
Nenhuma.


A saúde é a impugnada por estas moléstias, e tuda que ataca não passa de moléstia.

6. SEITAS... SEITAS... SEITAS...

A título de curiosidade, citemos pelo menos uns nomes da imensa lista de seitas protestantes, oficialmente reconhecidas como tais. 


Basta citar uma centena, para não esgotar a paciência do leitor, deixando na sobre umas 800 outras.


Quem é capaz de percorrer uma tal lista?


01-10 - Luteranistas; calvinistas; Zwinglianistas; anglicanistas; metodistas; anabatistas; batistas regulares;batistas dos 6 princípios; batistas do 7º dia; batistas de comunhão livre;

Adamitas; antinomistas; trinitários; antitrinitários; socinianos; latitudinários; gomaristas; episcopalianos; presbiterianos; huguenotes;


hussitas; quakers; adventistas; unitários; metodistas livres; metodistas primitivos; metodistas ocidentais; metodistas africanos;metodistas independentes; metodistas de nova Jerusalém;


metodistas reformados; presbiterianos reformados e da velha escola; espiritualistas; cristãos bíblicos; wesleyanos; mamilários; pastorecidas; mórmons; pentecostais;supralapsários;


colegianos; facientes; lagrusiantes; indiferentes; multiplicantes; beamantes; labatistas; squaqueros; sumpers; gloaners;


Milenários; wiferdenianos; recionalistas; generacionalistas; sonteístas;adioforistas; entusiastas; pneumáticos; intgerimistas;berboristas;


evangelistas; lutero-calvinistas; batistas; menicerianos; puritanos; sabaritanos; armênios-socianos; colônio-zeinglianos; oziandianos; lutero-oziandianos;


estanerianos; anti-presbiterianos; lutero-zwinglianos; sincretianos; 


sinerginbianos;obquestianos; pietesianos; bonaquerianos; versecorianos; cesederianos;

cameronianos; filisteus; mariscalianos; hofinsianeses; necessarianos; edivarianos; piestianos; viliefcedrianos; ambrosianos; morávios;


monasterianos; antimonienses; anomênios; munsterianos; clancularis; grubembários;


 estabérios; baculários; nudípedes; sanguinários;

confessionários; impecáveis (que felizes!!!!!!); austeros; taciturnos; alegres; demoníacos; chorões; livres; espirituais; concubinos;


apostólicos; oleiros; conformistas; episcopais; contra-remontantes; anticonvulsionários; adioforistas; brownistas; amigos; místicos, conscienciosos;


remontantes; herrenhuteristas; cripto-calvinistas; menoristas; socialistas; puséistas etc., etc., etc...


Até aqui 134. Quem poderá contar todas?


Basta esta lista! E falta ainda uma 800!!! (NE – Hehehe!!!! Somente reconhecidas pelos próprios protestantes: "Hoje há mais de 33.800 dividindo o Corpo de Cristo... (Dados da Enciclopédia Cristã mundial, abril de 2001), uma publicação protestante").

7. SEITAS EXCÊNTRICAS

Há seitas de uma excentricidade mais que ridícula... quase toda são exquisitas, mas há umas que levam a palma e merecem menção particular.


A Bíblia sem interpretação autêntica dá para tudo como cabeças exaltadas são capazes de tudo.


Abraão, prestes a sacrificar o filho Isaque, inspirou a um anabatista a idéia estupenda de degolar o irmão...


á se foi a cabeça do mano!

Em Dower, uma mulher, pelo mesmo exemplo de Abraão, decapitou o filho (Cobeet, Letter XII).
Em Nova Iorque, outra mulher crucificou a própria mãe, após ter sacrificado um galo e um bezerro.
Imitadores dos antigos patriarcas, Carlostadt, João de Leyde, Oquísio e os mórmons pregaram e praticaram a pluralidade de mulheres e, cúmulo de heroísmo, também das sogras!


Biblicamente falando, aquilo tem seus visos de razão: Escutem o que Carlostadt escreveu a Lutero: “Já que nem tu, nem eu, nenhum texto encontramos contra a poligamia, sejamos bígamos, trígamos e tomemos esposas quantas pudermos sustentar. Crescei e multiplicai-vos! Ouves? Deixa-me, pois, cumprir a ordem do céu”


O patusco esquecia que a Nova Lei preceitua a monogamia e aconselha a virgindade...


Mas, não há pior cego que aquele que não quer ver.


As passemos além... isso cheira a cúmulos de boemia.


O maná protestante serve para chorar e para rir. Surgiram, pois, as seitas dos chorões e dos folgazões.
Os chorões escoram-se no Salm
o 51 e 79 que diz: “Dia e noite são as lágrimas meu pão” e no 79: “Sustentar-nos-á o pão de lágrimas!... Quem dará aos meus olhos uma fonte de lágrimas?”

Em obediência a estes textos bíblicos, os CHORÕES não comem sem antes soluçar, e regar o pão de lágrimas abundantes.

Quem não chora não mama favores divinos, naquela seita, à qual hoje apenas pertencem as senhoras vaidosas, quando o marido lhes recusa cortar o cabelo, as mangas e a saia.
Mas todos não dão para CHORÕES: não haveria cebola que chegasse!





Os FOLGAZÕES gargalham sempiternamente em obediência ao Salmo 31: “Alegrai-vos no Senhor, e exultai, justos!...”


São tais protestantes fonte de perpétuos humorismos... em casa como na rua, nos templos como no mercado, fungam de hilaridade ou torcem-se em sonoras risadas.






Outros lêem no Evangelho que o espírito sopra onde quer. Reúnem-se, pois, em silêncio, numa casa, lêem a Bíblia e daí a pouco começam todos a tremer como varas verdes, julgando-se cheios do Espírito Santo. Querendo obedecer ao conselho de S. Paulo: “Operai a vossa salvação com tremor e amor” (Tim 2,12), julgam ótimo tremer o dia inteiro, e até à noite, quando dormem.


É a seita dos QUAKERS ou TREMEDORES.


Serve para os países frios, onde a gente treme de frio... e para os estudantes na véspera e no dia dos exames.






Outros lêem, no salmo 22, estas palavras: ¨A tua vara e o teu cajado me consolaram”.
Procuram, pois, um valente cajado que lhes sirva de consolação e de defesa. Andam pelas ruas, apoiados sobre o humilde bordão que, em certas ocasiões solenes, vira insolente varapau.... sobre as cotas do próximo. É a seita dos BACULÁRIOS, havendo outra de igual jaez, chamada dos CACETES.


De uma e de outra, livrai, Senhor, as nossas costas!


Outros ainda, estribando-se em Eclesiástico 3, 4: “Se há um tempo para prantear, o há também de saltar”, instituíram a seita dos PULADORES. Passam o dia em dar guinadas e pulinhos. Ótima seita para os dias de carnaval... mas, os entrevados, reumáticos e velhos, não podem pertencer a esta igrejola. Pelo contrário, a doutrina é ótima para a rapaziada e para os acrobatas.





Outros ainda (por que não?) – pois o maná e remédio universal – outros encontram em S. Mateus 10,20: “Não sois vós que falais, mas o Espírito Santo que está em vós”. Bela ocasião de falar francês, grego, hebraico, e até chinês, mesmo quem não sabe nem o português.





Outros ainda encontram em Sc Mateus 10, 19: “Em certa hora ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer...”


Então se juntam numa barraca, cantam... e depois, num silêncio sepulcral, inclinam a fronte até ao solo, ficando a parte traseira ma aprumada, e assim esperam a hora bendita em que qualquer URUBU venha pousar na cumeeira da casa...


Então la vai o badalo da língua, para desforrar o tempo perdido, falam pelas tripas de Judas, indo por paus e pedras, metendo os pés pelas mãos e a tesoura na reputação alheia.





Uns outros valentes biblistas, para mostrar o seu desapego das coisas terrenas, adotaram o versículo de Ezequias 7, 19: AURUM EORUM IN STERQUILINIUM ERIT – O SEU OURO ESTARÁ NO ESTRUMEIRO – e se chamaram ESTERCORÁRIOS ou ESTRUMEIROS. Que belo achado! E pela sua vida dissoluta mostram que tal esterco se lhes adaptava admiravelmente.





Ali não parou o espírito inventivo dos fervorosos adeptos de Lutero. A Bíblia em vários lugares, fala de concubinas. As concubinas de Salomão, etc. (2 Reis, 11,3)


Ora, tudo o que está na Bíblia, raciocinavam os finórios, é a palavra de Deus. A palavra de Deus é santa; logo, o concubinato é santo; e eis a seita dos concubinos a entrar solenemente na lista das seitas protestantes.


Excelente para libertinos e estróinas da vida!





Lutero, como ele mesmo disse diversas vezes, era amigo do demônio, que lhe apareceu diversas vezes para dar-lhe os parabéns pela obra de suas reforma.


Ora, o que o pai ama, convém que os filhos não desprezem e, apoiando-se valentemente sobre o texto de S. João: “UM DE VÓS É UM DEMÔNIO” (S. João 6,71) chamaram-se simplesmente DEMONÍACOS.


Ótima seita para os possessos do demônio.





Outros procuraram na vida do divino Mest45e, um texto que lhes servisse de exemplo. É o que não falta; o que todos fazem, porém, não é doisa nova, e os excêntricos querem novidades.
Encontraram em S. Mateus que Jesus, perante o tribunal de Caifaz, ficou taciturno, SEM NADA RESPONDER (São Mateus 16,63).


Resolveram não falar mais; aliás, o provérbio diz que o silêncio é de ouro e a palavra é apenas de prata. Foi a origem dos TACITURNO, seita autêntica, em que tudo deve dizer-se por sinais, sem articular palavras.


Boa seita para os surdos-mudos.


Não se pense que o furor biblista para em tão bom caminho. Para formar 888 seitas diferentes com nomes dessemelhantes, é preciso explorar todos os cantos e recantos da Bíblia.
Os antigos patriarcas não conheciam os sapatos, mas andavam de pés descalços, de pés nus. Por que não imitá-los?
E eis que um fanático fez consistir a santidade em andar com pés descalços, fundando a nova seita dos NEDÍPEDES.
Outros acharam que os verdadeiros cristãos devem viver NO AR e não na terra, pois está escrito em S. Paulo: “SEREMOS ARREBATADOS NAS NUVENS... NOS ARES” (1 Tess. 4,16), Não querendo esperar a outra vida para voarem, ele que pretendem voar desde já. É a seita dos PNEUMÁTICOS.

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Até os filisteus bíblicos tiveram imitadores; querendo mostrar o seu valor guerreiro contra os judeus, inimigos de Cristo, houve protestantes que se intitulavam FILISTEUS. No protestantismo há de tudo e para tudo..............................................---ooo0ooo---

Terminemos pela seita dos ADAMITAS.
Sabe-se pelo Gênesis que, antes da prevaricação, Adão e Eva não abusavam do vestuário, trajando com um pouco menos do que certas modas modernas. Nasceu, pois, na Holanda uma seita cujos membros tiram a roupa, respondendo à polícia pudibunda de Amsterdan, que o andar despido é uso eminentemente bíblico.
Quem sabe se não há por aí, neste Brasil a fora e a dentro, uns amadores do sistema ADAMITA?




NE: Hehehe!!!! O coitado do escritor não viveu mesmo nossa época! Vejam esta notícia: NUDISMO E FÉ - Evangélicos que compõem a Associação de Naturistas Cristãos, do Paraná, virão ao Rio para uma comemoração incomum do feriado de Corpus Christ. Dia 10 de junho, eles promoverão na Praia de Abricó, em Grumari, o 1º Encontro Nacional de Naturistas Evangélicos. A programação, elaborada para conquistar novos adeptos para a entidade, será aberta com oração e leitura da Bíblia

Http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boechat/2004/05/18/jorcolboe20040518001a.html



Digam, lá, amigos protestantes, diante de tais palhaçadas arranjadas em nome da Bíblias, poder-se-á indagar: será isso de Deus ou do demônio? Será que tanta seita é religião?... Será tanta aberração digna de Deus e do homem?

Tudo não passa de farsa.

8. CONCLUSÃO

Tal é a origem do protestantismo e das suas seitas. É uma balbúrdia!

E não digam, como fazem certos pastores, envergonhados da sua decadência, que há entre vários grupos uma unidade fundamental nos CREDOS, sendo os seus nomes apenas variedades denominacionais de sua história. Argumento ignorante.Quem conhece um pouco as várias seitas protestantes sabe que não há entre elas ligação alguma nem acordo doutrinal. Muitas são completamente opostas entre si e professam dogmas radicalmente diversos.Onde estará a unidade protestante Não existe, nunca existiu, nem existirá, porque é essencialmente erro, e este é múltiplo, como são múltiplas as moléstias. “Unus Dominus, uma fides, unum baptismum: - Um só senhor, uma só fé, um só batismo”, diz S. Paulo (Efésios 4,5). Eis o que é fundamental.


O protestntismo está todos divididos: rejeitou o único Senhor, por um agregado de seitas fundadas por Lutero, Calvino, Knox, etc. São tantos os SENHORES quantas seitas representam. Rejeitaram a FÉ ÚNICA, pois, entre as milhares de seitas não se encontram duas que professem a mesma fé. Rejeitaram o BATISMO ÚNICO, porquanto há entre eles mais de cinqüenta batismos diferentes, e diversas seitas chegaram a suprimir este sacramento.


Como podem eles estar com a verdade? Ou S. Paulo está enganado, dizendo que A UNIDADE É O DISTINTIVO DA VERDADEIRA FÉ, ou os amigos protestantes se iludem, na mixórdia de suas crenças! A conclusão é, pois, rigorosa: onde está a UNIDADE aí se encontra a verdade.


Tal unidade não está no protestantismo: este é, pois, uma seita errônea.


A unidade existe na Igreja Católica; logo é aí que está a verdade... A ÚNICA VERDADE.A Igreja Católica, no mundo inteiro, e em todos os séculos, professa o mesmo Senhor, conserva a mesma fé, administra o mesmo batismo: a unidade é o selo da verdade. A UNIDADE É O SELO DA VERDADE.“DEVEMOS PROCURAR CONSERVAR A UNIDADE DO ESPÍRITO NO VÍNCULO DA PAZ”, diz S. Paulo (Efésios 4,3).As inumeráveis seitas protestantes não conservam nenhuma unidade e nenhuma paz, pois procuram continuadamente guerrear a Igreja Católica; estão, pois, erradas. A UNIDADE DA FÉ é a imagem da unidade de Deus, e o característico dos filhos de Deus, diz ainda S. Paulo (Efésios 4, 1-14). O protestantismo não possui nenhuma unidade; está, pois, separado de Deus, enquanto a Igreja conserva integralmente e sem restrição este caráter divino. A Igreja Católica Apostólica Romana e, pois, a ÚNICA IGREJA VERDADEIRA.



CAPÍTULO XV

O PROTESTANTISMO

Poderia terminar o estudo sobre a origem histórica e moral do protestantismo.

Vimos a sua origem tristemente célebre pela imoralidade e o ódio, conhecemos também como a revolta por Lutero se propagou através do mundo, continuando em toda parte a sua obra destruidora.

Convém terminar este trabalho, lançando um olhar penetrante e crítico sobre a obra de Lutero, considerada como seita religiosa.

Esta vista, abraçando no conjunto as causas e os efeitos, os homens e as doutrinas, nos fará compreender que: O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO são bem uma trindade inseparável, constitutiva de uma só obra.

O diabo inspirou Lutero, e este ao protestantismo. O protestantismo é ligado a Lutero e, por ele, é ligado ao demônio. É uma obra demoníaca, como o leitor poderá ver nas páginas precedentes.Consideremos um instante esta obra como tal, apoiando-nos sobre os próprios autores protestantes, insuspeitos de conivência com os católicos, para rebaixarem a seita que eles mesmos professa, mas da qual se envergonham.

1. JULGADO POR SI MESMOS


Apenas dado o sinal e o exemplo da revolta contra a Igreja, por Lutero, eis que cinqüenta comparsas invejosos de seus resultados se atiram na mesma senda. Não é a saúde que é contagiosa, é a moléstia, e, sobretudo, a epidemia da revolta. 

Eis esses homens, os mais pervertidos entre os humanos, - pois é sempre dos fundos que surge a revolta, - eis os chefes da libertinagem, da devassidão e da mentira, a se proclamarem, para ocultar seus vícios, os novos apóstolos de um DEUS DE PAZ E DE UNIÃO. 

Em vez de pacificarem os povos e de darem o exemplo da união, insultam-se uns aos outros, injuriam-se, ameaçam-se e se brindam com palavras mau torpes e com as mais infames acusações.

Chamam sobre a cabeça uns dos outros, todas as excomunhões das leis e todas as vinganças do céu.

Os próprios discípulos de Lutero denominaram-no: “novo Papa, novo Anticristo” e o pai retribui-lhes graciosamente semelhantes títulos, apodando Zwinglio de falso profeta, barqueiro, porco, herege.
E este último respondeu-lhe: “Tão certo como Deus é Deus, não lha dúvida que Lutero é o diabo”.
Calvino diz que Bucero, também discípulo de Lutero, se comprazia nas vias tortuosas e escuras, e que Ossiandro era um homem de conversação licenciosa e de moral infame.
Melanchton acusa Carlostadt de ser um brutal e um ignorante, mais judeu do que cristão. Lutero tinha razão, quando dizia de todos os seus amigos: são miseráveis, não se entendem entre si, e Deus, para ensino nosso, deixa que se mordam, se despedacem e de devorem uns aos outros”.
Mais uma vez: eis o mestre e seus primeiros discípulos que devem reformar os abusos da Igreja Católica e nela introduzir a união, a concórdia, a paz, o verdadeiro espírito do Cristo.
Oh! Dizei a verdade, protestantes sinceros: será isso possível?
Pode Deus servir-se do lodo para aformosear e purificar a verdade: Pode querer extirpar abusos com grosserias, imoralidades, insultos e provocações orgulhosas:
Entretanto, tudo o que acabo de dizer é historicamente provado.
Para maior certeza, não cito autores católicos, mas unicamente protestantes.
Onde estará a verdade: Será com o Papa que, calmo e piedoso, permanece no trono dde Pedro acima das ondulações, das paixões, dos interesses, ou com Lutero, a personificação das paixões mais baixas, das torpezas mais ignóbeis e das ambições mais vergonhosas: Ficar no incerto, no vago, é impossível, É preciso escolher! Ou Pedro ou Lutero... ou Jesus ou Barrabás! Basta isto para ajuizarmos com segurança do valor de todos esses pseudo reformadores, com dados fornecidos pelo próprios chefes da grei. E, no entanto, esses homens, tais como acabamos de representá-los, tiveram naquele tempo um êxito imenso...

Qual a causa deste resultado?
Deixemos que nos respondas um historiador protestante de renome, o Sr. Monod (Revue Historique l. 49. 1892): “A reforma, diz ele, foi um movimento destruidor do Cristianismo positivo e do princípio de autoridade em matéria de fé. Ela não passa de uma série e de uma coleção de formas religiosas do livre pensamento”. Quanto, porém, aos motivos determinantes da reforma, é o próprio Calvino que escreve: “Ente cem evangélicos, apenas se achará um que se tenha feito evangélicos por outro motivo que não seja o de poder entregar-se com maior liberdade a toda a sorte de voluptuosidades e incontinências” (Com. In II Ep. P. 53).
E Frederico, o Grande, assim se exprime nas suas Memórias de Brandenburgo 
“Quando se reduzirem a princípios simples as causas do progresso da reforma, ver-se-á que na Alemanha foi a OBRA DA AMBIÇÃO E DO INTERESSE; na Inglaterra, a OBRA DO AMOR; e na França, a OBRA DA NOVIDADE”. Falando da Inglaterra, eis o que diz um outro historiador protestante: "Para guardar o devido respeito ao meus país, eu desejaria não falar dos úteis motivos que produziram a REFORMA: todos, porém, sabem que o motivo dói a paixão ilegítima de Henrique VIII por Ana Bolena”. 

E é sempre assim: A passagem de um membro da Igreja Católica para uma seita é, às mais das vezes pelo caminho do vício ou da ignorância. Pelo contrário, a do membro de uma seita para a Igreja É SEMPRE PELO CAMINHO DO ESTUDO E DA VIRTUDE.
Eis, queridos protestantes, bem provado pelo bom senso e pela história, que Lutero não é um REFORMADOR mas um DEFORMADOR, um revoltoso.
Não passa de um vulgar socialista ou comunista moderno, dando à sua rebelião uma capa religiosa, que só serve para melhor enganar os incautos. 

Lutero é um frade apóstata, minado pelo orgulho e pela libertinagem. Abriu a porta da dissolução numa época favorável,quando existiam uns abusos particulares, que serviram de pretexto à revolta. O apóstata arrancou do seio da Igreja Católica nações inteiras, para lançá-las nos escarcéus da discórdia, da agitação e do desespero... mas a Igreja de Pedro continuou sua marcha triunfante através dos séculos, produzindo milhares e milhares de SANTOS, enquanto a igreja DEFORMADA, não soube ao menos produzir uma simples irmã de caridade.Lembrem-se disso os protestantes de boa fé, e volvam os olhos para o farol da verdade, edificado sobre a pedra fundamental que é Jesus Cristo. E esta pedra nunca precisou, nem nunca precisará de reforma, porque é divina.

Tu es Petrus. Tu és Pedro, ou pedra, e sobre esta pedro edirficarei a minha Igreja. Notai bem: MINHA e não a de Lutero.


2. A SENTENÇA DE MORTE



O protestantismo nasceu AMORTALHADO... mais que isso:encaixotado como num ataúde.
À primeira vista parece paradoxal tal asserção, porém, refletindo-se bem, ver-se-á logo que é rigorosamente certa.

O protestantismo nunca teve, nem pode ter vida real, pelo motivo muito simples de que ele é uma negação; e esta é necessariamente uma falta, privação, ausência de qualquer coisa; e isto não pode subsistir em si; só existe como acidente, em outro objeto subsistente.
Que é, pois, um protestante?

É um mau cristão, um apóstata da verdade, um renegado da fé seguida pelos seus pais, insurgindo-se contra o ensino e a autoridade da Igreja e da tradição universal.O protestante, quando muito, pode ser considerado como mau cristão, como cristão negador da autoridade que forma a base do cristianismo.

Mas o protestantismo não existe; existe, sim, o protestante, o indivíduo apenas.

Não há moléstias, diz a ciência, só há doentes, porque sendo a moléstia a privação da saúde, , torna-se a negação de uma coisa existente: e a NEGAÇÃO não existe.

Assim, o protestantismo, que é a privação da obediência à autoridade da Igreja, torna-se uma negação e tal fato não se sustenta por si; somente pode existir num cristão que deixou de ser bom, como o enfermo pela moléstia deixa de ser homem sadio.

Este vício da revolta nasceu na pessoa de Lutero. E foi por ele transmitido ao século, como foram transmitidos os vícios da bebida, do jogo, da cocaína, etc.

Os maus cristãos, cegos pela ambição ou licenciosidade, para tranqüilizarem a consciência, ou melhor, como disse Calvino, PARA PODEREM ENTREGAR-SE COM MAIOR LIBERDADE A TODA SORTE DE VOLUPTUOSIDADE E INCONTINÊNCIAS (Com. In II Ep. P.63), lançaram contra Cristo e a sua Igreja o brado de revolta, de insubordinação, constituindo-se em seita de PROTESTANTES.

dos aqueles que se sentiram desejosos de libertar-se do jugo moralizador da lei do Cristo e da Igreja.

Mas a revolta é um turbilhão que passa, por si também não pode existir, mas se apóia nas paixões desenfreadas dos homens.

sceu AMORTALHADO. Nunca chegou a formular um Credo religioso.

Nunca os protestantes souberam com exatidão o que precisam crer ou rejeitar. Quando uma das MIL SEITAS diz “creio” – uma outras responde logo: nego. Quando esta fala: “está errado”, aquela contesta protamente: “é a verdade”.

rotestantes. É pior que a Torre de Babel: é uma BALBÚRDIA indecifrável.

Em regra geral pode-se dizer que o erro fundamental é a negação de toda a autoridade, fixando o sentido da Sagrada Escritura, e a negação de tudo o que ensina a tradição.
Isto teoricamente.

Praticamente, cada vendedor de Bíblias, ontem padeiro, sapateiro ou negociante de feijão e charque, pretende fixar a explicar o sentido da Bíblia e substituir a tradição pelas suas próprias idéias.

Negam... e afirmam; rejeitam a autoridade, e se constituem autoridades.

BIBEL... BABEL diria o alemão. A Bíblia é uma verdadeira Torre de Babel.

Em tais condições, como foi que o protestantismo se espalhou, pelo mundo, conquistando adeptos e sequazes?

Convém notar bem o fato.

Não foi o protestantismo, que se espalhou; foi o vício, a revolta, o espírito vesgo de independência; e esta revolta se rotulou de “protestantismo”, como a loucura moderna se denomina “espiritismo”

O vício foi de todas as épocas. Ele é o micróbio, o parasita da natureza humana decaída... mas vício é vício; o termo soa mal aos ouvidos.
Vêm os REFORMADORES ou DEFORMADORES, que lhe colam um rótulo mais atraente.
A revolta chamar-se-á PROTESTANTISMO, a loucura terá o nome de ESPIRITISMO, o ódio à Igreja receberá o nome de MAÇONARIA e a barbárie denominar-se-á COMUNISMO.
É como para certos indivíduos, que confundem fineza com grosseria, bondade e fraqueza, piedade e beatice ou carolice, modéstia e acanhamento; assim para certa gente impudor é moda, indecência é educação e namoro é passatempo.
Ai do pobre dicionário; porém a culpa não é dele.
É o vício que procura trajar o vestido da virtude ou pelo menos disfarçar sua hediondez.
Tal é o protestantismo.
Pois bem, o vício não existe; o que existe é o homem viciado.
O protestantismo também não existe; é o homem revoltoso que existe, e tal homem nasceu amortalhado, encaixotado no lúgubre esquife, prestes a ser levado ao cemitério para a sepultura.
Se não o foi logo, é porque o vício lançou raízes fundas no coração e na alma, e estes vícios foram alimentando a hidra protestante, que enfim esá no estertor da agonia.
O protestantismo de hoje não passa de prolongado enterro!

3. UM MORTO AINDA VIVO

Nos parágrafos precedentes tenho atirado ao protestantismo acusações gravíssimas e adiantada afirmações super gravíssimas.
É preciso prová-las.


Provemo-las e tiremos as conclusões das premissas enunciadas, pois não quero que os “amigos” da Bíblia me acusem de caluniador.


O protestantismo não é uma doutrina POSITIVA; não ensina nada de novo do lado bom que a Igreja Católica já não tenha ensinado.


É uma doutrina NEGATIVA, negando uma parte da verdade e rejeitando o que não concorda com suas paixões e seus caprichos.


inseto roedor dos seus frutos.

Um parasita não vive por si, sustenta-se da vida dos outros.


Os parasitas do corpo humano só vivem, enquanto o sangue circula; o parasita das plantas só vive, enquanto a seiva as alimenta.


O protestantismo é o parasita da Igreja Católica; procura alimentar-se do sangue dos fiéis da Igreja do Cristo.


Felizmente o jardineiro, que é o Papa, viu o parasita e arrancou-o da árvore, lançando-o por terra, onde agora procura viver da poeira que lhe traz o vento e o húmus lançado pelas tempestades das paixões humanas.


É um eterno moribundo... é um MORTO VIVO.


Para poder viver, o protestantismo, desde o berço até o túmulo, para onde está baixando hoje, ciente de ser um parasita, enxertou-se nas coroas dos reis e dos Príncipes, para delas tirar a vida e a existência.


Este é um fato histórico.


Na Alemanha identificou-se com o império. O Kaiser alemão era o Papa dos luteranos.


Na Inglaterra, desde Henrique VIII até hoje, o rei da Inglaterra é o Papa dos anglicanos.


Enquanto estas cabeças coroadas deixam o protestantismo chupar-lhes o sangue, e o protegem, a seita parece viver ainda; desde, porém que arranquem o parasita, este morrerá, secará, pulverizar-se-á ou se transformará em podridão.


Num momento que se erigiu em Worms, na Alemanha, em honra de Lutero, lêem-se as seguintes palavras, com que os mesmos protestantes, sem o quererem, condenaram a obra do seu corifeu.


“Se foi obra de Deus: permanecerá”!


“Se foi obra humana, perecerá”!


Que ficou da obra de Lutero?


Nada, ou melhor, os escombros.


O protestantismo já não existe, dizem os protestantes.


O sábio teólogo, Dr. Krogh Tonning assim se exprime: “Há um fato, cuja realidade evidente só pode escapar a espíritos obcecados. Este fato é que atualmente a igreja protestante se encaminha fatal e progressivamente para a sua completa destruição. Basta estudar o que se passa no seio desta igrejola para reconhecer a assinatura do tempo, nesta palavra sinistra sem equívoco; DETRUIÇÃO”


E não são vozes isoladas de pessimistas que assim falam. Um membro do Reichstag alemão, em um dos últimos debates religiosas, fazia a mesma triste confissão:


“Não se poderia mais achar a igreja luterana em toda a Alemanha, ainda que, para achá-la, em pleno dia se tivesse na mão a lanterna de Diógenes”.


O Sr. Dammann, pastor de Essen, lança o seu grito angustiado: “Se este progresso dissolvente das crenças continuar, daqui a pouco soará a derradeira hora da nossa igreja”.


O Dr. Lemme, afamado professor protestante, por sua vez diz: “O protestantismo moderno, destruindo fundamentalmente todos os dogmas, já não tem nenhum traço de união com o cristianismo evangélico”.


Na Alemanha, na Suiça, em todos os países protestantes, escreve ainda o Dr. Krogh Tonning, verifica-se a triste palavra do Dr. Zahn: TUDO SE DISSOLVE, A IGREJA HISTÓRICA DA REFORMA JÁ NÃO EXISTE, VAMOS DIREITO AO PAGANISMO.


Ainda bem que não sou eu quem o diz, e sim os mestres protestantes.


O protestantismo é um cadáver, apodrecido pelo próprio vício que o arrancou do seio da Igreja.


É um cadáver vivendo na pessoa daqueles que o carregam aos ombros.


Como seita, está morto o protestantismo: só vive como vício, pelo espírito de revolta e de ódio à Igreja Católica.Os próprios protestantes sentem isso tão bem que as suas pregações consistem em atacar, caluniar a Igreja Católica e repetir velhas objeções mil vezes pulverizadas.


Quanto à exposição doutrinal e ao desenvolvimento de uma lição de moral prática, nisto não pensam; nem sequer lhes vem a idéia. E se esta lhes acode, não sabem o que escolher na BALBÚRDIA de duas contradições.


Prova clara de que o protestantismo está bem morto; existe apenas de NOME. E este rótulo serve de disfarce para encobrir a ignorância e a indiferença religiosa, para não dizer o que é aplicável a certos indivíduos; os seus vícios, os seus interesses sórdidos ou seu orgulho.


Todos esses vícios, feios demais para se apresentarem de cara limpa, revestem-se da máscara protestante que, apesar de não valer mais que o original, possui ao menos um título de apresentação conhecido.


Pobres protestantes... o tal protestantismo não passa de um cadáver em putrefação que carregais sobre os ombros., Sois vós que viveis, vós e vossa ignorância ou indiferença religiosa, que procurais encobrir sob os farrapos e os destroços do protestantismo.


Sois filhos de católicos, talvez fostes católicos, deixando-vos então iludir por qualquer pregador americano remunerado, ou qualquer desmoralizado na própria pátria, à procura de fama e de ouro em terras distantes.


O amor à novidade sempre conquista algum adepto, e o DÓLAR faz o resto, no espírito daqueles que consideram a religião como uma espécie de credo político.


Amigo, carregai por lá o cadáver protestante; aqui no Brasil o sol é luminoso demais para esconder o fantoche luterano.


4. SIMULACRO DE RELIGIÃO


Provei já uma parfte de minhas asserções; vamos ao restante.

Peço notar que nunca me sirvo de provas apresentadas por autores católicos.


Tais autores falam a nós católicos, não se dirigem aos protestantes; cito, pois, aqueles que falam aos protestantes: autoridades e sábios protestantes; quisera citar SANTOS PROTESTANTES, como os Romanos citam santos romanos; infelizmente, o protestantismo, como disse Erasmo ( http://www.geocities.com/cobra_pages/fm-erasmo.html?200514), nunca chegou nem a fazer um homem honesto e sequer a curar um cavalo coxo.


Seus santos são Lutero, Calvino & Cia.;a obra de Lutero foi toda de destruição, sem nada edificar.


O vão simulacro de religião, que estabeleceu, só serviu de pretexto a todas as loucuras humanas.


"Os costumes que vim reformar, diz ele, ficaram mais corrompidos. O mundo piora dia a dia, e fica mais malvado"


"Os homens estão hoje mais açulados à vingança, mais avarentos, mais faltos de misericórdia, menos modestos e mais incorrigíveis e maus que no papismo"


Pobre reformador! Foi obrigado a dar esta certidão ao papado, e a reconhecer que, em vez de reformar, deformou a humanidade.
"Coisa assombrosa, escreve ele ainda, quanto é escandaloso ver-se que, depois que a reforma entrou, o mundo vai diariamente de mal a pior"
Pobre Lutero, como não devia morder os lábios! E ele continua: “Os nobres e os rústicos chegam a dizer que não precisam de pregação e que não pagam um vintém por todos os nossos sermões juntos... Vivem como crêem: são e ficam porcos e morrem como verdadeiros suínos"
"Há ainda chaga mais deplorável: “Os pastores, sim:os próprios pastores que sobrem ao púlpito, são hoje os mais vergonhosos exemplos da perversidade e de outros vícios. Daí os seus sermões não terem mais crédito, nem mais autoridade que as fábulas recitadas por um histrião. E esses srs. ousam queixarem-se de que os desprezam e os apontam a dedo, para ridicularizá-los. Por mim, admiro-me da paciência do povo e não sei porque as crianças e o povo não o cobrem de lama!”
E dizer que estes dignos pastores que hoje valem um pouco menos do que no tempo de Calvino e Lutero, tenham o topete de gritar contras os abusos do clero católico!
MEDICE, CURA TEIPSUM (Médico, cura-te a ti mesmo). É bom que tais médicos se curem a si mesmos, porque estão mortalmente enfermos. Eis o que era o protestantismo e o pastor protestante no fervor da reforma... Eis os modelos, os apóstolos do protestantismo.
Conclusão: O protestantismo, em vez de melhorar a situação, perverteu os homens e semeou, de mão cheia, e revolta e a corrupção.
Já que os próprios fundadores do protestantismo confessam isso, resta-me apenas provar que a obra de Lutero conserva ainda o seu nome por puro hábito, por força da rotina; o protestantismo NÃO EXISTE MAIS HÁ MUITO TEMPO.


Vamos de novo procurar as provas nas palavras dos chefes da reforma.


Eis o que se lê no memorial dos calvinistas de França, publicado em 1775: " Estamos hoje bem distanciados do caminho que nos abriaram os nossos maiores no começo do século XVI. Poucos discípulos seguem entre nós Calvino e Lutero; nosso partido, picado em mil partidos diferentes, não é reconhecível em parte alguma; os nossos próprios filhos são nossos adversários... "; não sabemos de quem somos nem debaixo de que bandeira marchamos. Hoje, indiferentes, amanhã cristãos, somos ora pela religião natural, ora pelo revelada... os nossos próprios ministros são abalados em suas crenças".


É bastante significativa uma confissão tal, feita por um grupo de sumidades protestantes.


Eis o que é mais expressivo e mais positivo ainda. É o jurisconsulto prussiano, M. Schmaltz, que resume tudo o que acabamos de ouvir e de dizer.


"À força de reformar e de protestar, diz ele, o protestantismo reduziu-se A UMA LINHA DE ZEROS, ANTES DOS QUAIS NÃO HÁ ALGARISMOS".


"Eu me encarrego, diz outro ministro protestante M. Harens, de escrever, na unha do meu polegar, todas as doutrinas unanimemente admitidas entre nós".


Podiam multiplicar-se tais citações ao infinito, mas é o bastante para provar a nossa tese: o protestantismo não existe mais; existe apenas um simulacro de religião, uma espécie de capa, debaixo da qual se abrigam a ignorância, a indiferença, o ateísmo e todos os vícios.


Não há mais do que isso.


De fato, o que acabamos de ver, não são suposições, ou acusações partidas dos católicos, são queixas e confissões feitas pelos altos luzeiros do protestantismo.


Os católicos, de certo, não falam de outro modo, nem podem falar diferentemente, pois os fatos são públicos, universais, históricos, de modo que qualquer homem instruído os conhece e confirma estas alegações.


Eis o que dizem os escritores católicos:


"A igreja protestante da Alemanha, diz M. Rose, advogado na universidade de Cambridge, NÃO PASSA HOJE DA SOMBRA DE UM NOME"

"As quimeras e sonhos que esses ousados renovadores pretenderam fazer passar por verdades, diz de Heronveller, foram mudadas, interpretadas, modificadas hoje ao sabor das paixões humanas e não existem mais senão como monumentos históricos. Os propagandistas protestantes conhecem muito bem a morte de sua seita, mas, ricamente pagos para venderem Bíblias e recolher assinaturas de aderentes, procuram enganar os ignorantes, os pobres, os pequenos e até os desequilibrados, para poderem transmitir ao centro da propaganda biblista a lista de suas conquistas. Peço-vos, queridos amigos, que não vis deixeis iludir; repeli com altivez os fariseus que vos oferecem os trinta dinheiros pelo Cristo, isto é, pela vossa fé e vossa alma”

5. A MIXÓRDIA PROTESTANTE

A UNIDADE é a marca característica da verdadeira RELIGIÃO, porque a verdade é UMA, e a religião sendo como é, a relação existente entre Deus e a criatura, deve necessariamente ser UMA, como deve ser UMA a Igreja que essa religião representa. “A unidade, diz Santo Agostinho, é a marca de tudo que é belo, grande e divino”


“Fomos batizados, diz São Paulo, para formarmos um só corpo e termos um só e mesmo espírito... não deve haver divisões no corpo. Há somente um SENHOR, uma FÉ, um BATISMO. Há somente um Deus, Pai de todos, que está cima de todos” (I Cor 12, 13 – Efésios 4,3).


A Igreja é Jesus Cristo prolongado, através dos tempos.


Pois bem, o Cristo é sempre o mesmo; não muda, nem em sua PESSOA, nem em sua DOUTRINA.


Que revela, à primeira vista, a divindade da Igreja Católica é a sua unidade.


No mundo inteiro, em todos os países, climas e povos, o ensino católico é uniforme. O PAI NOSSO, que recitamos no Brasil, é recitado na Europa. O CREDO, cantado pelos católicos na América, é cantado na Europa, na Ásia, na África, na Oceania. O que o europeu católico crê e professa, o índio, o chinês, o africano e o mongol, católicos, crêem e professam, sem diferença de uma vírgula.


A Igreja Católica é UMA, porque é a VERDADE.

O protestantismo, ao contrário, divide-se em tantas seitas quantos aderentes conta... E, sem entrar em pormenores, pode-se afirmar; cada país tem um protestantismo particular.
Cada Estado protestante possui a sua seita...


Que digo! Cada cidade, cada rua, cada casa... apresenta alguma especialidade.
NÃO HÁ PROTESTANTISMO, COMO RELIGIÃO, só há protestantes.


E esta divisão sem fim é prova clara e insofismável de sua origem humana, de seus erros e deu sua falsidade.






Devemos resumir um assunto que daria para escreve volumes.

Pergunto a qualquer homem de BOM SENSO: é possível ser a verdade dividida em milhares de partes, de modo que uma parte contradiga a outra, esta combata aquela, e a primeira seja o contrário da segunda?...


Todos há de responder ser isto impossível: o que é BRANCO é branco e não pode ser PRETO ao mesmo tempo.


Se no Brasil os matemáticos ensinassem que 2 e 2 fazem 5, na Europa que 2 e 2 fazem 3, e na China que fazem 6, todos gritariam com razão que a aritmética é uma palhaçada, que está errada, falsa, ou melhor, que não existe.


Pois bem, é o que o protestantismo está fazendo; e isso não somente em três ou quatro contradições, mas em milhares e milhares de incoerências.


Cada seita, cada ramos do protestantismo está em desacordo com os demais.


Um jornal protestante, inglês, há mais de 30 anos, dizia: “Não se pode enunciar, sem corar de vergonha, nem ao menos a metade das seitas que, na Inglaterra, disputam à igreja episcopal o governo das almas!” (Monthley Review).


Digam-me, será possível que a VERDADE, uma e indivisível, seja assim tão multíplice, ao ponto de haver tantas verdades quantas cabeças?


E notem que cada uma destas seitas diz ter a VERDADE, a ÚNICA verdade... toda a verdade!


Verdadeiramente, ou esta gente se diverte impudentemente com a verdade, ou não a conhece!


A última opinião é a mais provável: não a conhece.


É uma mixórdia, uma confusão completa... prova de que o protestantismo não existe, mas apenas existem protestantes...


Nenhuma unidade, nenhum fundamento. A hidra luterana tem milhares de cabeças.


Todas essas seitas aceitam o Evangelho com regra suficiente e, todavia, formulam SÍMBOLOS e impõem DOGMAS.


Filhas do mesmo pai que renegaram, amaldiçoam-se, perseguem-se entre si, chamam-se reciprocamente de heréticas, fecham-se umas às outras as portas do céu.
Se as interrogais, separadamente, encontrareis na realidade um Evangelho, mas não crentes; uma revelação, jamais, porém, cristãos.
Luteranos amaldiçoam os anglicanos; os calvinistas excomungam os metodizaras; os chorões soluçam de raiva contra os tremedores; enquanto estes pulam irados contra os saltadores, os pentecostistas mandam para o reino dos urubus os presbiterianos; os puritanos ameaçam engolir vivos ou mortos os batistas...
E tudo isso em virtude da mansidão evangélica e por se dizerem CRENTES EM JESUS.


6. A MORAL PROTESTANTE

Que afirmei da destruição que caracteriza o protestantismo leva-me necessariamente a falar de sua moral (se pode haver moral numa seita que só se ocupa em negar e destruir).
O dogma e a moral, a doutrina e a vida, os princípios e a sua aplicação são inseparavelmente unidos na prática.
O protestantismo abalou, pode-se dizer mais: rejeitou a parte dogmática, a doutrina, os princípios da religião de Jesus Cristo; deve necessariamente rejeitar a moral, a vida cristã, a prática da virtude que neles têm sua base, suas raízes e sua regra.
E de fato assim é; assim foi desde os tempos do pai dos protestantes, Lutero, e de seus companheiros.
Estou quase com receio de acumular novas acusações contra a pobre torre de Babel.
Será melhor procurar nos autores protestantes passagens que provêm ser o protestantismo eminentemente imoral, imoralíssimo, uma escola de imoralidade.
A acusação é grave.
Vejamos as provas!
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Lutero pôs como princípio de sua doutrina: A FÉ SÓ, SEM AS OBRAS, JUSTIFICA O HOMEM.
Eis o que Lutero escreveu a Melanchton:
“Sê pecador e peca energicamente, mas seja tua fé maior que teu pecado... Basta-nos termos conhecido o Cordeiro de Deus que apaga os pecados do mundo; o pecado não pode destruir em nós o reino de Deus, ainda que prevariquemos e matemos mil vezes por dia”
Desejam coisa mais clara e positiva no ensino protestante?
Se um homem tivesse a loucura de pregar uma tal doutrina em plena rua, a polícia mandaria o pregador, em dois tempos, para o xadrez, pois seria exaltar o homicídio a ladroeira e todos os crimes.
Eis, entretanto, o que Lutero teve a audácia de ensinar, e apresentar como REGRA DE VIDA.
Por isso eles se chamam: “CRENTES EM JESUS, GRAÇAS A DEUS!”
Então será isso a lei de Jesus, que dizia: Não matarás. Não escandalizarás. Não furtarás. Não cobiçarás a mulher do próximo?!
Em quem devemos acreditar: em Deus ou em Lutero?
Estão em flagrante oposição.
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Mas continuemos: o leitor tirará as conclusões.
Procuremos outros textos dos mestres protestantes.
Diz Tomás Crisp, um dos discípulos dos reformadores: “O Senhor nada tem a imputar a um eleito para o céu, ainda mesmo que este andasse mergulhado nas profundezas da impiedade, nos excessos da devassidão e cometesse todas as abominações que podem ser cometidas!”
Este é o comentário claro e cru do princípio: “Basta a fé para alguém salvar-se, de nada lhe valem as obras”
Se os protestantes não andam pela rua, de revólver em punho e faca entre os dentes para matar e roubar os detestados romanos, não é por falta de conselhos perversos de seu pai Lutero, mas – justiça se lhes faça – é porque eles valem mais do que a religião que seguem.
São honestos talvez, EMBORA SEJA PROTESTANTES, e não PORQUE são protestantes.
A conclusão é inelutável: O protestante vale mais do que o protestantismo – e digo até que um protestante, por mau e perverso que seja, não se pode tornar pior que a sua religião.
A prova está indicada acima.
Para ser bom protestante, conforme a lei da reforma, BASTA TER FÉ, podendo depois (é Lutero quem o diz) prevaricar e matal mil vezes por dia.
Quem chegará a isso?
Nenhum protestante, de certo.
Só mesmo o diabo.
E não se diga que a conclusão ultrapassa os princípios.
Eis as palavras de Lutero:
“Jesus Cristo” diz o apóstata, “arranjou o coordenou as coisas de tal maneira que não existe pecado, além do da incredulidade” (edição de Leipzig. Tom. XIV nº. 128).
“A fé”, disse ele em outra ocasião, “é uma coisa tal que, onde se encontra, nenhum pecado a pode prejudicar” (Walch: Ausgabe XII 18-28).
“OS VERDADEIROS SANTOS”, diz ele, ”DEVEM SER BONS E VALOROSOS PECADORES”
Os mesmos se dizem santos, não porque estejam sem pecado, ou porque se tornem santos por suas obras; ao contrário, eles, de si, em todas as suas obras, não são mais que pecadores e réprobos (Walch: edição de Jena T. VI. 199).
Estais ouvindo, amigos protestantes?
Barrabás é um santo protestante: só fez um homicídio.
Judas é ainda um santo protestante: só vendeu o Cristo um vez.
Merecem eles uma estátua ao lado de Lutero, Calvino, Zwinglio e Henrique VIII.
Não ACUSO A PESSOAS – ACUSO A LEI PROTESTANTE. Os protestante são mil vezes melhores do que o sistema religioso que os prende... mas é pena que gente séria, que brasileiro de sangue e de fé esteja cegado pelo erro protestante, ou pelo ignorância que os levou a tais conseqüências.

7. CONCLUSÃO

Depois das considerações que precedem é tempo de perguntarmos a nós mesmos; pode haver entre os dissidentes de nosso meio ministros PROTESTANTES convictos de sua boa fé e sinceros?
Penso que não!
Pode haver ignorantes, indiferentes; mas protestantes de boa fé, é impossível haver no Brasil.
A questão da vida futura é de uma importância tal que o h9omem de bom senso não pode quedar-se indiferente em face da sua solução.
Cada um deve necessariamente ver e examinar, pelo menos, as razões de sua religião, os motivos de credibilidade ao seu alcance.
Não é dado a todos, de certo, analisar profundamente estes motivos, mas todos podem submetê-los à luz do bom senso; e este deve existir em cada homem que não esteja louco.
Todos compreendemos que Deus existe; que nossa alma existe igualmente; que Deus dirige tudo pela sua Providência; que devem, pois, existir relações entro o Criador e a Criatura; e que essas relações , que constituem a religião, devem ser ditadas por Deus e cumpridas pelos homens.


Para isso, nenhum estudo é exigido; essas noções são do domínio da lei natural, do simples bom senso.


Cada protestante devia, pelo menos, ver, indagar a origem da religião que recebeu de seus pais e da qual apostatou e notar os motivos da apostasia.


agar de suas credenciais e dos resultados alcançados...

E quem faz isso entre os pobre protestantes?...


Toda a religião entre eles consiste em repetir meia dúzia de objeções, mil vezes pulverizadas, sem querer ouvir a resposta.


Se refletissem um pouco, compreenderiam que a única religião fundada por Deus é a Igreja Católica.


Logo descobririam que a pretensa reforma é uma obra humana, datando apenas do século XVI, e feita por um homem, historicamente reconhecido por PÂNDEGO, DEVASSO e inimigo da verdade.


Um tal indivíduo não somente é incapaz de reformar a religião, mas nem merece a estima e a veneração que devem premiar um reformador.


Merece, sim, a compaixão de todos.


Os protestante o sentem tão bem, que nunca tiveram a coragem sequer de honrá-lo. Nem ao menos se sentem animados a pronunciar o seu nome.
Não, não pobres protestantes, a virtude não pode nascer do vício; a luz não pode vir das trevas, a pureza não sai da devassidão e a dignidade não se origina da revolta.
Acima da trista figura de Lutero, a bela, radiante e doce fisionomia do sucessor de Pedro, o Papa, continua a ser o que sempre foi, a imagem da união, da paz e da virtude, dirigindo, através das vicissitudes dos tempos, os destinos da Santa Igreja de Jesus Cristo, como sendo o Cristo visível no meio dos homens.
Esta Igreja – eles o sabem muito bem, pois nasceram católicos – nesta Igreja continua a florescer a virtude e a santidade.
Cada ano são elevados às honras dos altares centenas de Santos, homens heróicos, que souberam levar até ao heroísmo a prática da virtude e da abnegação.
Citemos apenas, entre milhares de outros, a mundial Santa Teresinha de Jesus, passando o seu céu – como ela o predisse – a fazer o bem na terra, por milhares de graças e milagres, que diariamente espalha sobre a humanidade.
E o protestantismo, durante os seus 400 anos (na verdade agora, quase meio milênio) de existência, não soube produzir nenhuma alma de escol, nenhuma Irmã de Caridade, nenhum ministro casto, nenhum santo.
É a esterilidade completa!







Exemplo de Santidade - Tereza de Calcutá

Não soube o protestantismo produzir uma obra de caridade notável, nem ao menos uma instituição desinteressada.

Nada! Nada! Só sabe destruir, caluniar, atacar e odiar...

E será isso religião?

Será a religião do amor, da caridade, do perdão, da misericórdia, do progresso?

Não; é impossível! Nenhum homem de bom senso pode afirmar isso; menos ainda sustentá-lo e defendê-lo com sinceridade.

Não, ainda uma vez; não pode haver protestante sincero e de boa fé no meio de uma nação católica.

Pode haver ignorantes fanáticos, orgulhosos, pretensiosos, invejosos, mesquinhos, mas convictos, nunca!

Nunca, porque a convicção exige uma base, e o protestantismo não a tem.

E admitindo-se ter ele uma base, esta só pode ser a revolta, o vício, o ódio, tais como se manifestavam na pessoa de seu fundador Lutero.

E sobre tal fundamento não se pode construir a virtude.

Tudo isso é do domínio do simples bom senso.

A inteligência humana, sendo a bússola condutora do homem, deve ser respeitada, e não pode estar em contradição com a própria Bíblia, porque ambas, razão e palavras inspirada, sãs obras de Deus. E Deus não pode estar em oposição consigo mesmo.


CAPÍTULO XVI



UMA VISTA GERAL

Deveria o último capítulo deste livro ser uma breve síntese. Deixo-o, porém aos cuidados do inteligente leitor que poderá facilmente deduzir do que viu, conheceu e analisou, através deste estudo, a conclusão imparcial à luz da história que expusemos como absoluta sinceridade.

Certamente notaram todos que o meu principal empenho foi retraçar as origens HISTÓRICAS E MORAIS do protestantismo.

Para consegui-lo, situei o chefe da seita no ambiente e meio próprio em que viveu, 1483-1546; Lutero é, sobretudo fruto da sua época, não só pelas suas muito resumidas qualidades pessoais, mas também pela encarnação viva e ardente dos vícios então reinantes.

Se ele tivesse aparecido um século antes, não passaria, como tantos outros, de uma vulgar e desprezível herege, descendo ao túmulo, amortalhado em seus erros.Se ele fosse dos nossos tempos, formaria ao lado dos revolucionários e comunistas, como Cales e Lenine, etc...
Consideremos o caso de Lutero.

1.. GRANDES... E GRANDES...

Percorrendo a história dos grandes homens, verificamos haver duas categorias de vultos notáveis: uma, a dos que se sobressaem pelo valor individual, e a outra, a dos que são proclamados grandes pelos conceitos da épica que em si encarnaram.
Em geral, os homens verdadeiramente grandes são opostos às idéias da sua época; são, mesmo perseguidos pelos seus contemporâneos, pelo fato de se elevarem acima da vulgaridade e das paixões populares do tempo. Possuem grandeza moral e, destarte, procuram elevar as idéias e as pessoas. Ora, elevar-se, subir, exige esforço, fadiga e luta, coisas de que muitos são incapazes; daí, a oposição que em torno deles se levanta e as surda inveja que os persegue.
Basta ver-se a vida destes homens extraordinários que são os santos; tome-se, por exemplo, a biografia de S. Francisco de Assis, S. Francisco Xavier, Stº. Inácio, S. Domingos, S. Pedro Cláver, Stº. Cura d’Ars, S. Vicente de Paulo, S. João Bosco, Pe. Eymard, Ven. Cottolengo, etc... todos estes foram grandes pelo IDEAL, pela VIRTUDE, pela CORAGEM, pelo ZELO, pela PERSEVERANÇA.
Por serem tais, foram incompreendidos pelos medíocres, caluniados pelos covardes e repelidos pelos maus. São duas grandezas: uma que se eleva, outra que se abaixa: uma que sobre, outra que desce; a primeira encarnando o bem, a segunda representando o mal.

Há, portanto, uma espécie de pessoa que os ímpios endeusam, mau grado apareçam mesquinhas, miseráveis, cheias de baixezas. Também estes últimos são grandes, mas no mal que personificam, no ódio, na revolta e na perversidade que encarnam.

Neste último cortejo se enfileiram Locke, Clarke, Collins, Findel, grandes racionalistas; Voltaire, Rousseau, Holback, Diderot, d’Alembert, Montesquieu, etc., declarados inimigos da Igreja, odientos e cínicos. A impiedade do século XVIII os enalteceu como os legítimos erxpoentes duma época decadente sem fé e sem moral. Eles foram grandes, sim, nesse meio todo deles.

Caso parecido é o que se dá com os tais chamados VALENTES \de tocaia; só são temíveis, quando matam à espreita e traição, mas muita vez tremem e fogem à vista duma luta corpo a corpo, onde têm de resistir a alguém pela frente; é que fora do ambiente escuro nada valem, são medrosos e covardes.

2. LUTERO


Vimos, pois, que o pai dos protestantes foi grande pela sua baixeza, perversidade e revolta. Toda a sua inteligência ela a pôs a serviço do erro; sua força de vontade se deixou dominar pelo mal; seu brio consistiu em bater-se contra toda ordem; a sua moral foi a prática de vícios que seria horrendo referir. Ele encarnou o que havia de ruim e pernicioso na sua época. E nisso foi até ao extremo.

Há entre os reformadores vários outros que, como Melanchton, sobrepujavam Lutero por seu preparo e cultura intelectuais, mas permaneceram figuras apagadas, justamente porque foram calmos, moderados prudentes, e tais qualidades, mesmo naturais, não reproduziram com exatidão a ambição e o espírito revolucionário que fervia no âmago das almas sem fé, a cuja frente sobressai Lutero.

Os grandes homens são sempre EXTREMISTAS da direita ou da esquerda: os primeiros são os grandes do bem; os segundos, são os grandes do mal: os assassinos e traidores. Entre os dois se encontram os medíocres, dos quais se deve dizer serem BONS DEMAIS, PARA SEREM MAUS, E RUINS DEMAIS, PARA SE TORNAREM BONS.

Ingenieros descreveu tipicamente esta dupla classe.

O homem bom combate o mal por todos os meios; o perverso pratica-o por um requinte de maldade, permanece na lama por desejo de macular o mundo inteiro e a própria Igreja; o medíocre fica no mal por preguiça e sair dele.

O ÍMPIO, grande pela maldade, é um grande herege, grande revoltoso, um obsesso pelo ódio, um corrupto, além de corruptor. É tão grande a sua aversão ao bem, que ele pretende erigir em lei o seu exemplo, a sua revolta, a sua heresia, sua obsessão e a sua própria corrupção. Eis o retrato de Lutero. Tal foi ele: grande, sim, mas no mal.

De temperamento extremo e exaltadiço, Lutero não admitia meias quedas e meios erros. Virando-se para do erro e do mal, havia necessariamente de precipitar-se em grandes erros.
Daí proveio a legítima criação dele – o protestantismo, negação radical de todas as verdades católicas, seita que não é um erro isolado, mas um conjunto de falsidades. Tudo o que a Igreja afirma, Lutero negou.

Eis o que diz Weiss em sua apologia do Reformador: “bastava um papista afirmar um coisa, para que Lutero a rejeitasse”.

Certo homem perguntou-lhe um dia: Não era S. Pedro o chefe dos apóstolos?
- Qual o que!... – Era o ínfimo entre eles.

Não é o Papa a autoridade suprema da Igreja?

- Nada disto! Está abaixo dos bispos, abaixo dos diabos, abaixo dos governos civis!
Que explosão impetuosa, a demonstrar seu descomedido orgulho” Parece demais! Mas é apenas o começo.

Considere-se o que ele fala dde si próprio: “Seja Lutero patife ou santo, é o que menos importa, pois a doutrina dele é a doutrina de Cristo em pessoa! Tanta certeza tenho de que é do céu o meu ensino, que ele tem triunfado contra quem possui poder e astúcia maiores do que todos os Papas, reis e doutores juntos”.

E prossegue o novo Papa rebelde: “Aquilo que nós interpretamos é o que o Espírito Santo entende; aquilo que outros interpretam, sejam eles grandes vultos, é derivado de Satanás”(Paquier: Luther aux yeus du rationalisme, pág. 50).

Lutero não admite infalibilidade do Papa; quer que ela só exista para ele, “reformador”; é o cúmulo do orgulho e da insensatez.

Lutero intitula-se o maior, o mais clarividente de todos os homens... e considera-se até superior aos anjos, como se deve concluir desta outra passagem mais estupenda ainda que a precedente:

“Não quero a minha doutrina julgada nem pelos anjos, antes pretendo com ela julgar todos, e até os anjos” (Comment. Ad Gal. V. Ad. Wittemberg).

E pensam que o pobre obsesso para nisto?... Enganam-se; após o absurdo vem a loucura, e Lutero é um demente.

Escutem este pedacinho digno do próprio Satanás:
“Desde que o mundo existe jamais alguém falou e ensinou como eu, Martinho Lutero!”

“Não me importo com textos bíblicos, a minha doutrina não precisa de argumento: FAZ LEI A MINHA VONTADE”

“Eu, o doutor Martinho, quero que assim seja: sou mais sábio do que todo o mundo!” (Denifle: Luther et lê Lutheranisme)

Eis a que paroxismo a vesânia levou o pobre Lutero!

É o cúmulo do orgulho, ou então é uma verdadeira possessão diabólica.

É bem o diabo, Lutero e o protestantismo, intimamente unidos numa só explosão de orgulho e de revolta.




3. O GRANDE ERRO



Tão bem sentem os protestantes a baixeza do reformador, o seu papel diabólico, que nenhuma de suas seitas quer tê-lo por pai.

Todos eles procuram outro nome e outra doutrina, mas não falam sequer de Lutero.

Quando se lhes aponta a perversidade de seu pai na fé, respondem de pronto nada terem a ver com Lutero, mas só, com a Bíblia.

É uma afirmação gratuita.

Bíblia é a regra de fé, como se explica que o seu protestantismo seja radicalmente oposto à religião Católica que segue também integralmente a Bíblia?

Como pode a mesma Bíblia inspirar e ser fonte de duas doutrinas opostas?

É impossível. A verdade á uma só.

Por que se chamam protestantes os discípulos de Lutero?

Não é porque protestam? Não é o protesto a essência de sua seita:

Ora, só se pode protestar contra aquilo que já existe.

A Igreja Católica existe desde a vinda de Jesus Cristo, e segue tão bem a Bíblia, que em sua doutrina não se pode encontrar o menor ponto ou vírgula que esteja em discordância com ela.
Os protestantes protestam contra a Igreja, guarda da Escritura integral, protestam, pois, contra a Bíblia, são, portanto, antibíblicos, inimigos da Bíblia.

A diferença de crença entre católicos e protestantes é esta: os primeiros aceitam a Bíblia totalmente e com ela se identificam; os segundos rejeitam muitas partes e a interpretam a seu talante.

E nisto está o grande erro crentista.

A arte da pintura, da música, da poesia, é uma só; mas como acontece haver pintores que só produzem garatujas, músicos que nos estragam o tímpano, e poetas que nos fazem bocejar e dormir com seus versos?

A arte é UMA SÓ, porém a sua aplicação é indefinida; todos pretendem ser artistas, embora haja apenas um modo de sê-lo.

A Bíblia é UMA SÓ, porém muitos são os modos de interpretá-la, como mostrei acima.
Será permitido a cada um entendê-la segundo suas preferências pessoais?

Seria isso tão absurdo quanto o seria cada pintor, músico ou poeta pretender possuir a arte da pintura, da harmonia e da poesia.

Aliás, a própria Bíblia proíbe tal modo de pensar.

S. Pedro nos avisa que nas epístolas de S. Paulo HÁ ALGUMAS COISAS DIFÍCEIS DE ENTENDER, QUE OS INDOUTROS E INCONSTANTE ADULTERAM (como também as outras escrituras) PARA SUA PRÓPRIA PERDIÇÃO. (2 Pedro 3, 16).

E na mesma Epístola S. Pedro nos diz que DEVEMOS ATENDER, ANTES DE TUDO, A ISTO: QUE NENHUMA PROFECIA DA ESCRITURA É DE INTERPRETAÇÃO PARTICULAR, PORQUE A PROFECIA NUNCA FOI DADA PELA VONTADE DOS HOMENS... MAS PELO ESPÍRITYO SANTO, POR MEIO DOS HOMENS SANTOS DE DEUS. (2 Pedro 1, 20,21).

Note-se bem: nestas duas citações há duas grandes verdades bíblicas, negadas pelos protestantes.

1. – A Bíblia não é sempre bem inteligível; necessita de explicação.

2. – Tal explicação não pode vir de particulares; deve emanar de uma autoridade competente.
E qual seria esta autoridade competente? É possível descobri-la?...

Jesus Cristo disse que devemos escutar a Igreja: SE ALGUÉM NÃO OUVIR A IGREJA, CONSIDERA-O COMO UM GENTIO E UM PUBLICANO. (Mateus 18, 17).

Logo, é a Igreja que está incumbida por NM. Senhor de interpretar as palavras da Bíblia e comunicar-nos o seu sentido verdadeiro.

E, para que este sentido não se origine deste ou daquele homem, mas seja, de fato, do Espírito Santo, Jesus Cristo disse a Pedro, o primeiro Chefe, ou o primeiro Papa, da Igreja; 
PEDRO, EU ROGUEI POR TI PARA QUE A TUA FÉ NÃO DESFALEÇA. (Lucas, 22,32).

E ainda falou aos apóstolos, só a eles e a mais ninguém: QUEM VOS ESCUTA, ESCUTA A MIM. (Lucas 10,16).

o; desde que é proibida a interpretação particular, temos forçosamente de recorrer ao Chefe da Igreja, a Pedro, que é infalível para conhecer a verdade; e quem não o faz é UM GENTIO, diz o divino Mestre.

Eis o ponto de discordância entre católicos e protestantes: os primeiros escutam a Pedro, conforme recomendação do Mestre; os segundos interpretam a Bíblia, conforme a sua própria cabeça, em oposição à proibição do chefe dos apóstolos.

Quem tem razão? Aquele que segue o conselho da Bíblia ou quem a contradiz e faz o que ela proíbe?

Não há dúvida. O católico está com a razão.

3. A INTERPRETAÇÃO INDIVIDUAL

A interpretação individual é a porte de todos os desvios sectários. Ela constitui a base do protestantismo; é, pois, um erro formalmente condenado pela Bíblia.

Lamennais, falando do galicanismo, disse que este se reduzia a “crer o menos possível, sem ser herege, e obedecer o menos possível, sem se tornar rebelde”

Do protestantismo pode-se asseverar consistir “EM CRER NO QUE SE QUER, O 
PROFESSAR O QUE SE CRÊ”.

Cada um pode adotar, pois, adotar o seu próprio CREDO, aderir là seita preferida ou formar novas, se tal lhe convier, mudar de denominação religiosa, conforme as circunstâncias, e tudo isso em virtude da livre interpretação. Tal vacilação é para eles a coisa mais simples do mundo.

Eis o que nos refere um protestante inteligente e sincero, o professor Vinet: “A palavra de Deus, em si mesma, não pode ter senão sentido único, mas pode ter mil sentidos no espírito do leitor”.

“Uns há que não procuram na Bíblia TODA a verdade, mas simplesmente aquela que agrade e adula”.

“Enxergam os protestantes na Bíblia o que querem enxergar, de tal modo que, praticamente, cada um tem a sua Bíblia, dela tira o que quer e com ela sustenta erros os mais antibíblicos, ao ponto de ficar a mesma bandeira desfraldada por sobre opiniões as mais contraditórias e antagônicas. Só concordam eles num ponto: o procurar, na Bíblia, não as idéias dela, mas a confirmação das idéias deles” (L’Eglise e lês confessions de foi, p.29).

Estas palavras, proferidas por um protestante, excitam a nossa admiração pela sinceridade com que são pronunciadas, mas provocam o nosso espanto, ao ver um homem tão sincero não abjurar o erro que combate.

É mais um prova de que, para alguém se converter, não basta a lógica de um espírito reto; para tal se requer a graça divina que Deus dá aos humildes que a pedem, e recusa aos orgulhosos que se apóiam unicamente sobre a sua inteligência.

É o que explica a dificuldade de conversão para um protestante: no seu desmesurado orgulho só acredita em si... e Deus, que vem em auxílio do humilde que de si desconfia, afasta-se do soberbo presumido.

É o caso de se aplicar aqui a resposta chistosa de um bispo francês (Mgr. De Cheverus) a um ministro protestante que quis discutir com ele, dizendo fazer tudo o que está na Bíblia e nada mais.

- Muito bem, meu amigo, retrucou o prelado com um sorriso, não está ali escrito que JUDAS MORREU ENFORCADO?

- Sem dúvida, respondeu o pastor, admirado.

- Não está escrito ainda, continuou o bispo: Ide e fazei o mesmo – Vade, et tu fac similiter? (Lucas 10, 37).

Então, concluiu o bispo, admiro-me de o senhor não ter ainda obedecido à Bíblia.

O pastor julgou prudente não discutir mais com um homem de tanto espírito.


5. RETRATAÇÃO DE LUTERO



Lutero blasfemava, exaltava-se, mandava todo o “mundo para o inferno e o Papa para o diabo”. São seus próprios termos; nas horas de calma e de reflexão, porém, este pobre coitado confessava os seus erros do modo mais covarde.

Uma tal averiguação tem sua importância: pois demonstra que a obra, feita por ele, é produto do seu temperamento e de sua paixão, resultado do vício, fruto de uma espécie de cegueira e conseqüência do orgulho desenfreado.

Bastaria tal fato, para um protestante sincero compreender a falsidade da seita fundada por Lutero.

O fogoso rebelde pretendeu REFORMAR a Igreja Católica. De quem lhe veio a missão?
De Deus? Não pode ser, pois Lutero ataca a Deus.

De zelo pela glória de Deus?

Menos ainda, pois Lutero calca aos pés esta mesma glória, confessando-se arrependido do mal praticado e garantindo que, se pudesse recomeçar a vida, não o faria mais.

Querem prova mais frisante por Lutero produzida contra ele mesmo?

Tais confissões encontram-se numerosas na vida do fundador do protestantismo.

Recolhamos algumas dentre muitas que nos mostrem o desvario, a paixão do triste DEFORMADOR.

Num desses momentos de lucidez chegou ao ponto de exclamar:

“Se Deus não me tivesse fechado os olhos, e se tivesse previsto estes escândalos, eu nunca teria começado e ensinar o Evangelho” (Walch. Ed. Vol. VI p.920).

Ele mesmo assevera que “as cidades que o receberam de braços abertos tornaram-se quais novas “Sodomas e Gomorras”, e ele se mostrou admirado de que as portas do ingferno ainda não se tivessem aberto “para lançar e chover diabos”.

E, 1529 Lutero proclamou que as condições morais e sociais, após o advento do protestantismo, se tinham tornado sete vezes piores do que eram antes sob o Papado.

Escutem as suas palavras que explicam o motivo de tudo: “Por que depois de termos aprendido o Evangelho, nós roubamos, mentimos, enganamos, praticamos a glutonia, a embriaguez e toda espécie de vícios”.

“Agora que um demônio foi expulso, sete outros piores do que o primeiro se apossaram de nós, como os podemos ver nos príncipes, senhores, nobres, burgueses e camponeses. Assim eles agem, assim vivem, sem nenhum temor, com desprezo de Deus e de suas ameaças” (Erlangen ed. V 34, p. 441)

Eis mais uma preciosa confissão do inovador, verificando os frutos da sua reforma, e mostrando claramente não acreditar na sua próprio obra, que reputa apenas DEFORMAÇÃO.
“Desde que o novo Evangelho foi pregado, diz ele ainda, as coisas pioraram cada vez mais”.
E, no fim, ele não receia dizer que “elas nunca foram piores que agora” (Ib. VII, p. 302).

Depois de tais fato, aliás, certos e históricos, após pesar as conseqüências horrorosas de suas doutrinas bolchevistas, Lutero exclama:

“E tenho ao mundo inteiro inimizade e ódio! Não posso crer no que ensino! Outros, porém, julgam-me completamente convicto. Se fosse mais moço, não pregaria de modo algum e buscaria outra profissão.

São interessantes tais confidências do pai dos protestantes.

Ele mesmo diz não ter recebido missão nenhuma mas atesta fazer o que faz somente por profissão, mostrando-se arrependido e garantindo CLARAMENTE NÃO ACREDITAR no que ensina.

Contudo, atentemos bem para a confissão do réu. Ele prossegue:

“Ah! Se tivesse previsto que minha empresa me levaria tão longe, teria certamente posto um freio à minha língua. Quantos, digo suspirando, não seduziste com tua doutrina! Sou causa de todas as revoluções atuais... Tal pensamento não me deixa. Sim, desejaria não ter iniciado este negócio. A angústia que padeço é para mim um inferno, mas, já que comecei força e sustentá-lo como coisa justa” (Obr. Luppl. Mogúncia 1827).

É impossível palavra mais clara e positiva! Ela desmancha e retrata toda a obra do heresiarca orgulhoso.

É uma sentença de condenação e a retratação de sua obra.

Nada de mais explícito, mais horroroso e mais cínico ao mesmo tempo.

Reconhece o erro, vê os estragos produzidos, deplora as ruínas, sobre um inferno, mas declara que, tendo começado, quer sustenta como justa a empresa mais hedionda que se possa imaginar, e por ele mesmo conhecida como nefasta e perversa.


6. FATOS SIGNIFICATIVOS



Palavras assim positivas e claras são confirmadas quanto ao sentido, por um fato histórico, narrado na vida do reformador.

“!Passeava ele uma tarde, no seu jardim, com Catarina de Bora, sua companheira. As estrelas luziam com extraordinário esplendor e o céu pareceu em festa.

- Vês como brilham este ponto luminosos? – Indagou Catarina, apontando para o firmamento estrelado.

Lutero, levantando os olhos exclamou:

- Oh! Deslumbrante iluminação: mas... infelizmente, não é para nós!

- E por quê? – replicou Catarina, seríamos por acaso uns deserdados do reino dos céus?
Lutero suspirou tristemente:

- Talvez, disse, em castigo de termos abandonado nosso estado...

- Seria preciso então voltarmos para ele? – perguntou Catarina.

- É muito tarde, o carro está por demais atolado... retorquiu Lutero, e mudou de conversa.
Que confissão dolorosa e clara!...

Conta-se ainda outro fato na vida do pobre reformador. Certa noite estava ele sentado ao lado de Catarina, esquentando as mãos ao fogo aceso na sala.

Parecia taciturno, contrariado... De repente, pegando pelo o braço da companheira, introduziu-lhe a mão violentamente no meio das chamas.

Catarina soltou um grito...

- Que tens, mulher, disse Lutero, sombrio e zombeteiro; que há? Precisamos acostumar-nos ao fogo pois é o que nos espera no outro mundo!

Vê-se, nestes fatos, transparecer a consciência atormentada de remorsos do heresiarca, e o bom senso e a verdade cominarem por instantes os apetites e as paixões.

Terminemos estes depoimentos com um último, mais expressivo ainda que os precedentes, porquanto é o brado do AMOR FILIAL que às vezes sobrevive às ruínas de todas as outras afeições.

Quando o reformador estava no fastígio de sua revolta, caiu mortalmente enferma a velha mãe de Melanchton, que se fizera protestante a conselho do filho.


O mal fez rápidos progressos e em breve a velhinha viu-se à beira do túmulo.. Melanchton, que a amava, falou-lhe de Deus, e exortou-a e reconciliar-se com ele.

A velhinha compreendeu e, juntando as últimas forças, perguntou: meu filho, sê sincero, agora, que estou para morrer; dize-me se é melhor morrer como protestante ou como católica.

O apóstata não hesitou.

- Minha mãe, disse ele, inclinando a cabeça, não vos posso enganar neste momento; o protestantismo é talvez melhor para nele se viver; mas O CATOLICISMO É MELHOR PARA NELE SE MORRER.

Que quereis mais, caros protestantes? Uma tal confissão é ou não é de valor: Ouvimos falar a voz do arrependimento, o bom senso e o medo. Aqui nos brada o amor filial.

O discípulo de Lutero, que enganara a todos, não quis enganar a próprio mãe... não desejando lançá-la no inferno, aconselhou-a a morrer como católica.

O conselho dado na hora da morte e coisa sagrada.

Tomai-o para vós e, como disse Santo Ambrósio ao imperador Teodósio, “após ter seguido Davi nas suas fraquezas, segui-o no seu arrependimento”. Depois de terdes acreditado nos desvarios de Lutero, daí ouvidos, também aos seus conselhos de bom senso e de lucidez.

O protestantismo, permitindo tudo, pode ser mais cômodo para a vida, mas o Catolicismo vale mais para nos dar uma boa morte, após nos garantir uma vida boa, porque só ele tem as promessas da eterna salvação.



7. JUÍZO DE UM ANGLICANO

Um protestante anglicano, de alto coturno, e hoje um dos luzeiros da seita da Inglaterra, o pastor Edmonds, reitor de Whrittington escreve o que segue, confrontando o Catolicismo e o protestantismo. É um brando de alarme, um clamor partido do bom senso de uma alma que vê a verdade, sem talvez se mover a abraçá-la.


Ele escreve em seu jornal: “Não faltam indícios tendentes a provar que a única religião cristã, capaz de enfrentar o futuro, com existência assegurada, seja aquela que se pode apoiar sobre o testemunho do passado, isto é, sobre o testemunho da velha religião da cristandade histórica. E essa crença é a da religião católica.


O protestantismo aparentemente está decrépito. Conheceu um belo número de adeptos nobres, impossível, porém eternamente viver dum protesto. A religião protestante é religião parcial, favorecendo a parcialidade. Só a religião católica, que é uma religião total, isto é, do todo e não apenas da parte, satisfaz plenamente às necessidades espirituais dos homens de todos os tempos e de todos os países. O que a humanidade quer é uma religião sobrenatural e mística, que venha do próprio Deus e ofereça um culto ligado com o próprio culto celestial.


O culto livre, com a sua modalidade, caseira e autonomia, não consegue contentar e satisfazer ao sentimento religioso. Não se pode dispensar alguém das cerimônias e dos ritos. A religião que fechar a porta sobre o mundo invisível e não recomendar orações pelos defuntos, enm entretiver suave comunhão com os mortos, não poderá ser arrimo seguro para essa pobre humanidade.


O leitor dessas minhas palavras. Talvez, me dirá: Se é essa religião de que necessitamos, temos que nos sujeitar ao Papa e converter-nos ao Catolicismo.


É bem possível que seria isso acertar com o bom caminho, muito embora sobre tal ainda pudéssemos discutir”.


Todo protestante sincero, como o citado pastor, vê claramente a debandada das sua seita,o ridículo dos princípios da sua crença, a inanidade da sua vida espiritual, e a inutilidade de seus esforços, para combater a Igreja Católica... A conversão, entretanto, é difícil. Lutero, sob a inspiração do demônio, soube incutir-lhes tanto ódio ao papado. Inspirou-lhe tantos preconceitos conta a igresj que só à força de um milagre da misericórdia divina, é, que consegue sair do abismo de seus erros e do labirinto das suas dúvidas.

8. CONCLUSÃO

É inútil prolongar citações e raciocínios.

É demais visível para qualquer um o caráter repugnante e depravado da vida do chefe-mor das seitas protestantes. Tudo nele revela perversidade.


Depois de tudo o que atrás ficou dito, seja-me lícito perguntar a todo homem sensato que leu este trabalho: PODE DEUS SERVIR-SE DO VÍCIO PARA CORRIGIR O VÍCIO? PODE ELE UTILIZAR-SE DE UM HOMEM PERVERSO PARA SANTIFICAR A IGREJA?

Todos responderão sem demora: É impossível! Deus, que é santidade deve servir-se de instrumentos dignos dele mesmo.

É o caso de se aplicar o axioma dos alopatas: CONTRARIA CONTRARIIS CURANTAUR. Para se curar uma moléstia, o médico aplica um remédio oposto a ela.


Deus preceitua o mesmo processo racional. Para curar a libertinagem, receita a pureza; para repelir o demônio, manda a oração; para debelar a anemia espiritual, faz recorrer à Mesa aucarística. Quando um mal espiritual enfraquece o organismo das Igreja, ele recorre ao remédio conveniente.


Como vimos, a época de Lutero foi de extrema decadância social e religiosa; um duplo cancro ia roend, envenenando a sociedade e, mesmo, a Igreja; era a revolta e a libertinagem.






Jesus Cristo prometera estar sempre com a sua Igreja, e garantira que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela! A sua palavra e garantia é formal: EIS QUE ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS, ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS. (Mat. 28-20).
Estado com a sua Igreja, e querendo preservá-la do contágio do erro, Jesus Cristo tem de lhe aplicar o remédio adequado e radical; e qual este remédio?


A obediência, pela sujeição da vontade; e a santidade de vida, pela pureza dos costumes.
Se Lutero se tivesse apresentado com estes dois distintivos, mereceria a sua vida ser estudada, para se descobrir nela a sua vocação de reformador; nada, porém, se nos oferece que, ao menos de longe, lembre tais virtudes.


É o contrário que transborda de todos os seus atos.


É um modelo acabado de orgulho e de libertinagem.


Logo, não é o homem por Deus escolhido para reformar o século! Lutero nada mais é do que a encarnação completa dos grandes vícios do seu tempo. Não é um reformador, mas um deformador: não é um individuo são, mas um doente; não é um homem de virtude, mas um viciado;ç não é um mensageiro de Deus, mas um representante de satanás.




 
A época em que viveu Lutero apresenta verdadeiros reformadores, de cuja fronte se irradiam a virtude, o ideal e a santidade.


São os santos: Inácio, Francisco Xavier, Carlos Borromeu, Tomás de Vilanova, João d’Ávila, Teresa de Jesus, João da Cruz, Francisco de Bórgia, Estanislau Luiz Gonzaga, Francisco de Sales, Joana de Chantal, etc.


Estes homens, cujas frontes estão aureoladas pela santidade, seriam capazes de reformar o mundo, como de fato consertaram muito do que Lutero havia deformado.


Se Deus necessitasse de elementos, para reformar e purificar a sua Igreja recorreria a homens santos e sábios. Estes não lhes faltariam. Ridículo seria, tivesse ele de recorrer ao que a humanidade e a época tinham de mais miserável e indigno, para empreender uma obra tão importante.


Lutero não foi, de modo algum, um escolhido para Deus, para reformar a Igreja; pelo contrário, foi um emissário do demônio, para perder as almas e semear no mundo a discórdia e o ódio.
Ao tendo saído de Deus, a sua “reforma” nada tem de divino.


Sendo mandada pelo demônio, a sua obra traz os característicos do mal e revela os estigmas do inferno.


Eis mais uma vez justificado o título dado a este livro: “O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO”.


A seita religiosa, fundada por ele, conserva do cristianismo apenas um símbolo: a Bíblia e, ainda assim, falsificada.


Oxalá tenham os caros protestantes a coragem e a sinceridade de reconhecer o mau caminho em que enveredaram e não receiem volta ao Cristo verdadeiro... ao Jesus de seus antepassados, por Lutero arrancado dos seus corações; praza a Deus se lancem eles aos braços deste Cristo amoroso e cheio de misericórdia, que a Igreja Católica adora, serve e ama.


Não há outro remédio senão voltarem ao Cristo verdadeiro do Evangelho e afastarem-se do Cristo falso de papael, fabricado por Lutero.


O Cristo verdadeiro é o Cristo da Igreja Católica, o Jesus do Corcovado, de braços abertos, que a todos acolhe.


Seja o seu coração, ferido e ansioso de perdoar, o refúgio ao qual devem voltar todos os que se transviaram dos ensinos das sua Igreja Católica, Apostólica, Romana.
FIM

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